terça-feira, 22 de maio de 2012

O dinheiro na Casa Espírita

Wellington Balbo

Se há um assunto ainda melindroso, um autêntico espinho para nós espíritas é o tema dinheiro.

Temos sérias dificuldades em lidar com questões pecuniárias.Parece-nos que o dinheiro é algo sujo, pecaminoso e que macula a figura de quem dele se serve.

No entanto, a bem da verdade é que o dinheiro é neutro, ou,melhor dizendo, uma ferramenta para fazer com que as coisas aconteçam.

Logo está subordinado ao destino que lhe empregam. Se o utilizam para o mal ou para o bem a culpa não é dele – do dinheiro – mas, sim, de quem fez seu uso. É a mão do homem que suja ou limpa e não o objeto em si. Mas qual a razão de ainda termos dificuldades em lidar com o dinheiro? Será que já paramos para promover esta reflexão íntima? Pode ser, quem sabe, que nosso modelo mental esteja obsoleto, ultrapassado e ainda vejamos no papel moeda uma autêntica tentação à moral e ética. Porém, reflitamos:

Quem paga as contas de luz e água da Casa Espírita? Os funcionários, quando esta os tem? Quem paga as despesas com limpeza e tantas outras que bem o sabemos existem? Dirão alguns: Daí de graça o que de graça recebestes. Excelente!

Jamais o centro espírita irá cobrar por reunião mediúnica, passe, atendimento fraterno e etc. Todavia, sejamos sensatos: É necessário dinheiro para pagar as despesas acima! Seria justo apenas alguns colaboradores doarem? Seria justo usufruirmos de todos os benefícios que recebemos sem ao menos cogitarmos de colaborar financeiramente com qualquer quantia? Por favor, não digam que estou querendo manchar a Casa Espírita ou impor valores instituindo o dízimo. Não merefiro a dízimo. Nada disso!

Falo de bom senso. O bom senso de sabermos que é de bom tom colaborar para que as coisas aconteçam, porquanto, quer queiramos ou não, o dinheiro é necessário para a manutenção e ampliação das atividades de qualquer Casa Espírita.

Obviamente que não me refiro àqueles que passam por dificuldades financeiras. Falo de bom senso, apenas isso! Questionarão alguns: Mas já dou minha colaboração na Casa Espírita e ainda preciso colaborar financeiramente? Não se trata disso, caro leitor. Você não precisa nada, se não quiser ninguém lhe obrigará a dar um centavo na Casa Espírita. Falo, repito, debom senso, apenas isso! A demais não é a Casa Espírita que precisa de nós, ao contrário, somos nós quem precisamos da Casa Espírita e dos trabalhos que ela desenvolve para que mantenhamo-nos sempre trabalhando e dispostos a evoluir.

No entanto, para não me alongar demais neste texto, convido todos nós a reflexões:

Como enxergamos o dinheiro? Algo sujo, pecaminoso e que não pode se envolver em assuntos “espirituais”, leia-se aqui Casa Espírita? Ou o vemos como uma ferramenta para promover o progresso humano na Terra? Como estamos lidando com esta questão? Que tal chacoalharmos os neurônios e indagarmos nossos próprios modelos mentais?

Pensemos nisso.


Artigo publicado originalmente no Site da Fundação Espírita André Luiz (FEAL)

domingo, 20 de maio de 2012

O espírita ante a política

Christiano Torchi
 Em sentido lato, a política se entrecruza com várias outras ciências, entre elas a Filosofia, a História, a Economia, o Direito... Entretanto, é com a Sociologia que ela possui laços mais estreitos, visto que tem seu nascedouro na própria sociedade. Segundo essa visão, inspirada em Aristóteles, o homem é um animal social e político. Herança da Grécia antiga, berço da democracia, o termo política deriva-se do grego politikós, alusivo às antigas cidades gregas organizadas (pólis), que teriam dado origem ao modelo de vida urbano contemporâneo, onde os homens se aglomeram em busca da sobrevivência e do progresso, sujeitando-se a uma administração pública regulada por normas coletivas de convivência.

Na Idade Média, Tomás de Aquino (1225-1274) já preconizava que a finalidade da política é o bem comum. Modernamente, a política é designada como a “Ciência do Estado”, podendo ser definida como a arte de governar. Sob esse prisma, ela será sempre o exercício de alguma forma de poder. Quando utilizada corretamente, gera bem-estar e prosperidade, bem assim contribui para a manutenção da paz e da ordem. O Espiritismo abrange todas as áreas do conhecimento, sob tríplice aspecto: científico, filosófico e religioso, razão pela qual não está alheio à Ciência política ou a qualquer outro ramo do conhecimento humano. Todavia, o Espiritismo não tem por missão específica fazer reformas sociais, mas, pela amplitude dos seus ensinamentos, é a doutrina mais apta a coadjuvar tais reformas, à medida que influencia a sociedade, estimulando o aprimoramento moral, sem que seja preciso acumpliciar-se com a política partidária, em contradição com o caráter laico1 do Estado:

[...] A missão da doutrina é consolar e instruir, em Jesus, para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da vida. Trocá-la por um lugar no banquete dos Estados é inverter o valor dos ensinos, porque todas as organizações humanas são passageiras em face da necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso universal, depreendendo-se daí que a verdadeira construção da felicidade geral só será efetiva com bases legítimas no espírito das criaturas.2

A seu turno, qual seria a missão dos espíritas, enquanto homens no mundo? Sem embargo da tarefa de divulgação e da vivência dos princípios da Doutrina Espírita, ela é a mesma de qualquer indivíduo, religioso ou não, como elucidam os Espíritos na primeira obra básica. Consiste “em instruir os homens, em ajudá-los a progredir, em melhorar suas instituições, por meios diretos e materiais”.3 Nesse contexto, será mesmo útil e necessário, para que o Espiritismo cumpra sua missão, a politização do Movimento Espírita, como defendem alguns? Parece-nos equivocada a ideia de que o Movimento Espírita careça de engajar-se na militância política, fundando partidos ou organizando bancadas, como forma de se fazer representar perante os poderes constituídos, com o objetivo de divulgar, oficialmente, os seus princípios, colaborando, assim, com a reforma social, no combate às mazelas sociais.

De má lembrança são as conspurcações que o movimento cristão primitivo sofreu (e que o Espiritismo intenta restaurar na atualidade), sobretudo a partir do século III, momento em que se deixou seduzir pela política de Roma, cujo império estertorava graças aos abusos da governança. É óbvio que o espírita, individualmente, não está impedido de exercer a política. Se tiver vocação para isso e for chamado para essa tarefa, deve atender ao clamor de sua consciência e procurar exercê-la com dignidade, como fizeram tantos outros espíritas, por exemplo, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulto, Cairbar Schutel e José de Freitas Nobre. Se isso vier a acontecer, espontaneamente, que jamais nos apartemos das diretrizes traçadas por André Luiz, que nos alerta sobre as tentações e os perigos de confundirmos “os interesses de César com os deveres para com o Senhor”.4

Diante disso, não é recomendável que os políticos, simpatizantes ou adeptos do Espiritismo, façam da tribuna espírita um palanque. Jesus, nosso guia e modelo, quando esteve entre nós, jamais postulou ou se valeu do poder político estatal para pregar a implantação do “Reino de Deus” na Terra. Não é a Doutrina Espírita que precisa da política e sim a política que precisa do Espiritismo. Isto é, progredindo moralmente, por influência do Espiritismo, a sociedade prepará, de forma natural, bons políticos e até estadistas para atuarem nas instituições públicas:

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido. O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora. Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo.
Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado. Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial. Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios? [...]5

Por isso mesmo, “Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando julga conveniente, e a retira quando bem o entende”.6 Emmanuel, tal qual André Luiz, também abordou essa questão delicada. Respondendo à pergunta: “Como se deverá comportar o espiritista perante a política do mundo”,7 aconselhou:

– O sincero discípulo de Jesus está investido de missão mais sublime, em face da tarefa política saturada de lutas materiais. Essa é a razão por que não deve provocar uma situação de evidência para si mesmo nas administrações transitórias do mundo. E, quando convocado a tais situações pela força das circunstâncias, deve aceitá-las não como galardão para a doutrina que professa, mas como provação imperiosa e árdua, onde todo êxito é sempre difícil. O espiritista sincero deve compreender que a iluminação de uma consciência é como se fora a iluminação de um mundo, salientando-se que a tarefa do Evangelho, junto das almas encarnadas na Terra, é a mais importante de todas, visto constituir uma realização definitiva e real. 
Não devemos pedir ao Espiritismo o que ele não nos pode dar.8 A estratégia equivocada de Judas que, embora bem intencionado, pretendia utilizar a política terrena, para acelerar o processo de implantação do Evangelho na Terra, é uma advertência perene a todos nós, pois “as conquistas do mundo são cheias de ciladas para o espírito e, entre elas, é possível que nos transformemos em órgão de escândalo para a verdade que o Mestre representa”.9 A Humanidade progride por meio dos indivíduos, que se melhoram pouco a pouco. É pelo desenvolvimento moral que se reconhece uma civilização completa.
Os povos que só vivem a vida do corpo, cujo poder se baseia apenas na força e na extensão territorial, um dia fenecerão, pois a vida da alma prevalece sempre: [...] Aqueles cujas leis se harmonizam com as leis eternas do Criador, viverão e servirão de farol aos outros povos.10
Todos podemos contribuir com nossa parte para acelerar as esperadas mudanças sociais: “A responsabilidade pelo aperfeiçoamento do mundo compete-nos a todos”.11 O Espiritismo não depende da política terrena para atingir seus fins. Triunfará, porque se funda nas leis naturais, sem que seja necessário violentar a consciência dos incrédulos. Deus não conduz o homem por meio de prodígios, mas deixa que tenha o mérito da própria conquista, que se dará, mais cedo ou mais tarde, pelo convencimento da razão. Que estas breves reflexões fortaleçam a esperança de todos os que mourejam na seara espírita, para que o Brasil consiga realizar a missão redentora da qual é depositário. Mais importante que as colossais riquezas naturais do seu vasto território é a imensa diversidade racial, social e religiosa de seu povo. Se soubermos vivenciar o Evangelho, conforme Jesus ensinou, inevitavelmente faremos jus à vocação assinalada pelos Espíritos superiores de “coração do mundo, pátria do Evangelho”.

Referências: 
1Estado laico não é o mesmo que Estado ateu.Mantém neutralidade em matéria confessional, não adotando nem perseguindo nenhuma religião (ver Preâmbulo e art. 19 da Constituição Federal brasileira).
2XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 5. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 60.
3KARDEC,Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 573.
4VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 10, p. 46.
5XAVIER, Francisco C. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 59, p. 137.
6KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 17, it. 9, p. 346.
7XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 5. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 60.
8KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 2. ed. esp. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 2, cap. 27, it.303, subit. 1, p. 476.
9XAVIER, Francisco C. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 3. ed. 5. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 24, p. 200.
10KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 788.
11XAVIER, Francisco C. Libertação. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 3, p. 46.



Extraído da Revista Reformador

terça-feira, 15 de maio de 2012

Entrevista de Fátima Farias ao jornalista Orson Carrara, editor do portal O Consolador

Confira na íntegra
Fátima Farias: 
“A vida é um perene aprendizado” 
A jornalista paraibana fala sobre o movimento espírita na Paraíba
e suas atividades na divulgação espírita
 
 

Maria de Fátima Farias (foto), mais conhecida no meio espírita como Fátima Farias, natural de Boa Vista-PB e há 33 anos radicada na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, é bacharel em Comunicação Social pela UFPB, com formação em Jornalismo e Relações Públicas.
Espírita desde 1994 e autora do livro “Encontro com Consciências – diálogo da unidade com a diversidade”, Fátima faz parte da equipe dirigente da Federação Espírita Paraibana, em que exerce o cargo de Assessora de Comunicação Social e vice-diretora do Depto. de Divulgação
Doutrinária.  
Na entrevista que gentilmente nos concedeu, ela fala sobre suas atividades e o movimento espírita paraibano.

Faça um perfil do movimento espírita na Paraíba.
Cada vez mais crescente, tanto em quantidade, mas, sobretudo, e o melhor, em qualidade.  Os longos mandatos dos presidentes da Federação Espírita Paraibana (em 96 anos foram apenas sete) têm favorecido toda a pavimentação do positivo panorama atual. Acredito que a ininterrupção, de certa forma, facilitou o progresso das ações. Cada um contribuindo para semear o que temos hoje. A trajetória está pontilhada por fatos interessantes. Estes detalhes podem ser conferidos no portal www.fepb.org.br, no link que trata da história da FEPB e nos perfis dos presidentes.
Em seu trabalho de divulgação espírita, o que mais lhe chama a atenção?
É a ausência de preconceito e a receptividade dos meus colegas jornalistas, tanto no sentido de repercutir as notícias quanto de me procurar, no convívio diário da Redação, para conversar ou obter maiores esclarecimentos sobre a Doutrina Espírita. Nunca enfrentei dificuldades para abrir e conquistar espaços. Aliás, divulgar a mensagem espírita é muito fácil, porque, por si só, ela desperta interesse e atrai a atenção de leitores, ouvintes e espectadores.

De que modo as entrevistas que tem tido oportunidade de preparar chamaram a atenção do público?
Entrevistei Divaldo Franco várias vezes, o neurofísico francês Patrick Drouout, o pastor Nehemias Marien, o arcebispo Dom Aldo Pagotto, os artistas Nando Cordel e Paulo Figueiredo, só para citar alguns. Pois bem, as pessoas que não liam o jornal no dia, mas que ouviam comentários da repercussão positiva, me solicitavam cópias da entrevista. Foi quando decidi reuni-las no livro “Encontro com Consciências – diálogo da unidade com a diversidade”, que reúne entrevistas com diversas personalidades. Proporciona ao leitor uma visão sobre a consciência atual e evolutiva do ser, num cunho ecumênico. Contém abordagens sobre ciência, filosofia, religião, arte e cultura.
Na elaboração de matérias, quais foram as mais marcantes?
A primeira foi sobre o Museu das Almas do Purgatório em Roma, cujo acervo legitima a comunicação de Espíritos na própria Igreja. O fato é que o parapsicólogo baiano Clóvis Nunes foi entrevistado no programa Fantástico, do dia 28 de outubro de 2001, sobre o assunto, por acompanhar a reportagem in loco. O detalhe é que ele me concedeu um furo, numa entrevista de página inteira, inclusive com chamada na capa, intitulada “Espíritos se comunicam na Igreja”, publicada no mesmo domingo. E assim os leitores do jornal O Norte conheceram as novidades logo cedo, enquanto os telespectadores só conferiram no final da noite. Outra matéria, que considero a mais marcante  da minha carreira, foi a reportagem sobre Chico Xavier. Tive a felicidade de passar a Semana Santa de 2002 hospedada em sua residência e participar das comemorações do seu último aniversário entre nós – 92 anos. Três meses depois ele deixou este planeta. Este foi um grande presente que recebi de minha amiga Lisle Lucena, que há vários anos desfrutava da amizade daquele ser especial e costumava ser sua hóspede. Cada vez que relembro daqueles dias e convívio com aquela energia tão salutar e indescritível – modelo do Cristianismo – ainda me emociono. Sinto-me privilegiada e gratificada! A reportagem completa está no final do meu livro. 
Como tem sido sua atuação na mídia espírita, especificamente?
Já participei de vários sites e colaboro com as revistas Tribuna Espírita e a Revista Internacional do Espiritismo. Recentemente inaugurei o blog  www.horizontes-fatimafarias.blogspot.com. É um espaço, como o próprio nome já sugere, onde abordarei os mais diversos assuntos voltados para temáticas ligadas a notícias do Bem, que favoreçam a difusão de aspectos artístico-culturais e a qualidade de vida, sobretudo à consciência atual e evolutiva do ser. 
Fale-nos algo sobre a programação da Federação Espírita da Paraíba.
Todos os departamentos estão em plena efervescência de ações, em todas as vertentes: cursos, assistência social, atendimento fraterno e mediúnico, infância e juventude. Na área de Comunicação Social e Divulgação Doutrinária, têm-se conquistado excelentes espaços na mídia, especialmente para difundir os eventos e esta avalanche de filmes espíritas, tem-se encartado diversos suplementos em jornais dominicais. Agora, um dos pontos altos para massificar a mensagem espírita é o projeto “Divulgando a imortalidade”, que acontece no período de Finados, com faixas e distribuição de mensagens nos cemitérios da capital e de diversos municípios.
Na capital e interior, a Doutrina Espírita igualmente tem despertado
interesse e busca por livros, estudos e cursos? Como tem sido a preparação  para essa nova fase de divulgação espírita no Estado?
A gestão do presidente José Raimundo de Lima contribuiu bastante para a expansão da mensagem espírita na Paraíba. Houve ampliação no número de centros espíritas, tanto na capital quanto no interior, além de um maior intercâmbio com a implantação de polos e coordenadorias regionais. A Federação Espírita da Paraíba (FEPB), inserida no contexto nacional da Federação Espírita Brasileira, dissemina todas as diretrizes federativas para viabilizar o máximo de potencial que contemple o estudo, a divulgação e o atendimento, à luz da Doutrina Espírita.
A confortável sede da FEPB propicia espaço muito favorável para eventos doutrinários. Comente sobre os eventos de caráter estadual utilizando a citada sede.
A mudança da sede para um espaço maior foi fundamental para a expansão das atividades e um melhor atendimento ao público: livraria ampla e com um acervo sortido, salas amplas para os cursos. Temos um centro de convenções, sendo o auditório maior com capacidade para mais de 800 pessoas, climatizado e com cadeiras confortáveis. Para se ter uma ideia da demanda do público, nas duas recentes visitas de Divaldo Franco foi preciso providenciar telão para acolher o público.
Deixe-nos uma mensagem final.
Acho que ainda tenho muito o que aprender, porque a vida é um perene aprendizado, para se burilar nossas imperfeições. Deus é uma luz e a energia que busco, no sentido de me nortear e fortalecer. E, assim, a mensagem em que mais o identifico é assinada por Léon Denis: ‘Tende como templo o Universo, como altar a consciência, como lei a Caridade, como imagem Deus’. Por fim, sou muito grata pela oportunidade de me fazer vivenciar a troca de papéis, de entrevistadora a entrevistada.