quarta-feira, 18 de julho de 2012

Como vivem as crianças hoje?

Marta Antunes Moura
Com a ampliação da expectativa de vida para 100 ou mais anos, devido à prevenção de doenças e à melhoria da saúde, é “[...] possível hoje, quando nasce uma criança, fazer uma previsão, para os próximos 30 anos, das doenças genéticas que ela provavelmente vai ter e então entrar com um programa de prevenção e orientação”.1 Quanto ao aspecto psicológico, no contexto da convivência social, o futuro aponta uma preocupante incógnita ao constatar o significativo número de genitores despreparados para o exercício da maternidade e paternidade responsáveis.
O desenvolvimento físico e psíquico da criança não dispensa os necessários cuidados de alimentação e higiene que devem estar associados ao afeto e à atenção, os quais, em princípio, deveriam ser dispensados pelos genitores, ou por um deles, a fim de que se construa um relacionamento harmônico entre pais e filhos. A satisfação genuína das necessidades fisiológicas e afetivas da criança, viabilizada pela maternidade e a paternidade responsáveis, auxilia o Espírito no combate às próprias imperfeições ou más tendências, fornecendo-lhe condições propícias para saber lidar com os desafios existenciais. O lar – ensina Joanna de Ângelis – “[...] não pode ser configurado como a edificação material, capaz de oferecer segurança e paz aos que aí se resguardam. A casa são a argamassa, os tijolos, a cobertura, os alicerces, os móveis, enquanto o lar são a renúncia e a dedicação, o silêncio e o zelo que se permitem àqueles que se vinculam pela eleição afetiva ou através do impositivo consanguíneo, decorrente da união”.2
Os genitores atuais, conscientes ou não do papel que lhes cabe no contexto da organização familiar, são chamados a refletir, mantendo coração e mente abertos, sobre como vivem as nossas crianças hoje. Essa reflexão se dirige apenas aos pais que integram uma família comum, situada na faixa social dos que vivem nos extremos da pobreza e da riqueza, de realidade diversa. Em geral, as crianças situadas entre esses dois níveis sociais “[...] vivem num mundo cujo cotidiano o tempo virou pelo avesso. Tudo acontece muito rapidamente e as informações, as vidas, as relações familiares, os afetos, os encontros sofrem mudanças com muita frequência”,3 afirma o conhecido médico pediatra brasileiro, José Martins Filho. Nesse sentido, causam impacto os resultados de pesquisas sérias, bem orientadas que, entre outros, ressaltam: a) os pais não estão tendo tempo para assumir os filhos, para se dedicarem a eles; b) as crianças passam muito pouco tempo com os pais, são entregues a babás (nem sempre qualificadas) ou vão muito cedo para a escola: “As creches se transformaram na grande saída para a mãe que trabalha. Mas não há um jeito de ficar em casa com a vovó ou com alguém de confiança que lhe possa dar atenção integral, amor, carinho e dedicação?”.4 Indaga também Dr.Martins Filho, que cunhou a expressão “criança terceirizada”, ou seja, aquela entregue a cuidadores, em casa ou nas creches/escolas. Há, porém, o argumento de que é mais importante a qualidade do atendimento do que a quantidade de horas passadas junto à criança. Nada mais justo. Mas há outros pontos a ponderar. 
Claro que a qualidade do relacionamento é muito importante, mas qual o mínimo de tempo considerado ideal? Dez minutos por dia? Três ou quatro beijinhos sôfregos antes de sair correndo ou ao voltar do trabalho e encontrar a criança já na cama, banhada e alimentada? Isso é qualidade? E nos fins de semana? Trazer trabalho para casa e ficar o fim de semana inteiro plugado no computador, resolvendo os problemas da firma e pedindo silêncio, às vezes irritado porque precisa trabalhar? Alguém já fez uma planilha e se deu conta de quanto tempo fica com os filhos por dia, por semana, por mês? Já pensou o que isso vai significar no final de um ano ou de toda a infância? Qual o percentual de presença que você está dando para seus filhos?5
A reflexão proposta por estudiosos, e também no âmbito deste artigo, não é trazer de volta o modelo burguês ou patriarcal da família (pai provedor, mãe cuidadora dos filhos), mas, em fazermos uma análise honesta, sincera, de que não estaríamos caminhando para outro extremo: o do abandono ou da negligência. “Os estudiosos demonstram cada vez mais o que significa a sensação de abandono, desde o bebê, no primeiro ano, que repentinamente se vê sem a mãe por vários dias, até crianças jogadas ao léu, abandonadas nas ruas [...]. Toda criança fica aterrorizada diante da perspectiva de abandono. Para a criança o abandono por parte dos pais é equivalente à morte, pois, além de se sentir abandonada, ela mesma se abandona.”6 A realidade do abandono ou da negligência, declarada ou sutil, não é fictícia, pois que, somando-se às usuais desordens estruturais e sociais (pobreza, violação dos direitos humanos, preconceitos, desigualdade social, acesso a drogas e álcool etc.), podem conduzir a um quadro social aterrador.7
É preciso, então, trabalhar a ideia da maternidade e paternidade conscientes:“Nasce a criança, trazendo consigo o patrimônio moral que lhe marca a individualidade antes do renascimento no plano físico; no entanto, receberá os reflexos dos pais e dos mestres que lhe imprimirão à nova chapa cerebral as imagens que, em muitas ocasiões, lhe influenciarão a existência inteira”.8
Desenvolver o senso de responsabilidade quanto à educação de filhos é tarefa dos pais, biológicos ou adotivos: “[...] os Espíritos devem contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Isto constitui para eles uma tarefa: se falharem, serão culpados”.9 Assim, pais responsáveis devem aprender a identificar o que é realmente necessário e supérfluo na vida, considerando se não seria válido, por exemplo, adiar a realização profissional ou a aquisição de bens enquanto os filhos são pequenos, mantendo-se mais próximos a eles até os cinco anos, ao menos, período considerado fundamental à modelagem do caráter, dos hábitos e dos comportamentos. Lembremos, com Emmanuel, que a “criança é um trato de terra espiritual que desenvolverá o que aprende, invariavelmente,de acordo com a sementeira recebida”.10
Antes da idade escolar, propriamente dita, o ideal seria que pelo menos um dos genitores, ou alguém responsável (avó, por exemplo), auxiliasse a criança na construção de valores morais e no fortalecimento dos laços familiares, a fim de que a criança aprenda a viver (e sobreviver) com equilíbrio em uma sociedade hedonista, consumista e competitiva qual a em que estamos inseridos.
Tratá-los à conta de enfeites do coração será induzi-los a funestos enganos, porquanto, em se tornando ineficientes para a luta redentora, quando se lhes desenvolve o veículo orgânico facilmente se ajustam ao reflexo dominante das inteligências aclimatadas na sombra ou na rebeldia, gravitando para a influência do pretérito que mais deveríamos evitar e temer. É assim que toda criança, entregue à nossa guarda, é um vaso vivo a arrecadar-nos as imagens da experiência diária, competindo-nos, pois, o dever de traçar-lhe noções de justiça e trabalho, fraternidade e ordem, habituando-a, desde cedo, à disciplina e ao exercício do bem, com a força de nossas demonstrações, sem, contudo, furtar-lhe o clima de otimismo e esperança. Acolhendo-a, com amor, cabe-nos recordar que o coração da infância é urna preciosa a incorporar-nos os reflexos, troféu que nos retratará no grande futuro, no qual passaremos todos igualmente a viver, na função de herdeiros das nossas próprias obras.11
O desafiante momento da existência no Planeta, denominado Transição, demonstra que, mais do que se imagina, a vida em família é considerada peça fundamental na engrenagem evolutiva do ser, elemento determinante da felicidade futura. “Assim, a família biológica é célula inicial do organismo em geral em que todos se movimentam”12, assinala Amélia Rodrigues. Nestes termos, o nascimento e a educação de filhos não podem ser considerados um desprazer, algo que pode ser delegado (“terceirizado”) a outrem: “Viver em família é a melhor solução para a prevenção de distúrbios de desenvolvimento físico, emocional e cognitivo”.13
Resulta daí o aumento de mensagens provenientes do plano espiritual, de entidades sofredoras e de benfeitores que, em síntese, alertam: “A família doméstica, portanto, não é resultado apenas da união daqueles que se amam, porém, de todos quantos se necessitam, a fim de que se ajudem uns aos outros, gerando dependência afetiva. [...] Os pais terrestres são instrumentos transitórios da Divina Sabedoria, que deles se utiliza para o aperfeiçoamento das almas no seu processo de elevação. [...]”

1CAPELATTO, Ivan; FILHO, José Martins. Cuidado, afeto e limites. Uma combinação possível. 4. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011. p. 43-44. 
2FRANCO, Divaldo P. SOS família. Por Joanna de Ângelis e outros Espíritos. 2. ed. Salvador: LEAL, 1994. Família (Mensagem de Joanna de Ângelis), p. 17-18. 
3FILHO, José Martins. A criança terceirizada. Os descaminhos das relações familiares no mundo contemporâneo. 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011. Cap. 6, p. 74. 
4______. ______. p. 76. 
5______. ______. p. 76-77. 
6______. ______. 70-71. 
7MARTINS, Christine Baccarat de Godoy; JORGE, Maria Helena Prado. Negligência e abandono de crianças e adolescentes: análise dos casos notificados em município do Paraná, Brasil. PEDIATRIA (SÃO PAULO) 2009, 31(3): 186-97. 
8XAVIER, Francisco C. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 18. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 13, p. 57. 
9KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 208. 
10XAVIER, Francisco C. Família. Espíritos diversos. 5. ed. São Paulo: CEU, 1986. Em família (Mensagem de Emmanuel), p. 18. 
11______. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 18. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 13, p. 59-60. 
12FRANCO, Divaldo P. A mensagem do amor universal. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. Salvador: LEAL, 2008. Cap. 14, p. 81. 
13FILHO, José Martins. A criança terceirizada. Os descaminhos das relações familiares no mundo contemporâneo. 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011. Cap. 6, p. 71. 
14FRANCO, Divaldo P. A mensagem do amor universal. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. Salvador: LEAL, 2008. Cap. 14, p. 82.
Extraído da edição de julho de 2012 NNº 2200 • Julho 2012º 2200 • Julho 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Chico Xavier, meu presente e a emoção indescritível


                                     Fátima Farias  



                              
         Há momentos inesquecíveis em nossas vidas.  Existem também presentes especiais que, ao invés dos convencionais, embalados num papel, vem revestido de pura emoção. Faz dez anos que fui contemplada com ambos e continuam repercutindo na minha alma. Fiz questão de olhar o relógio para gravá-los, na minha memória e coração, quando os recebi. Aconteceu dia 28 de março de 2002, às 23h40, de uma quinta-feira, quando fiquei frente a frente com Chico Xavier.  
             Cheguei ao seu lar, acolhida pela excelente receptividade do seu filho, Eurípedes Higino, e o presente da feliz oportunidade, concedido pela amiga Lisle Lucena, que desfrutou da amizade de Chico por mais de quinze anos. Aquele encontro foi um misto de felicidade e emoção, além da realização de um sonho. Só o fato de ingressar no seu ambiente familiar  era suficiente para ser tomada por aquela vibração energética. Já ouvira falar que era assim, mas sinto dificuldade em reproduzir aquela sensação que dele emanava. Simplesmente indescritível! 
              Viajei da capital paraibana,  João Pessoa, acompanhada dos amigos Severino Celestino e sua esposa Graça, Bob Vagner e Iliseu Garcia, para passarmos a Semana Santa em Uberaba  (MG). Do grupo, tive um privilégio maior, ao ficar hospedada com Lisle na residência de Chico. Assim pude conviver com o dia-a-dia daquele ser especial e entender porque era tão amado e respeitado acima de credo religioso. Com o relato desta experiência, publicada no jornal O Norte, onde trabalhava na época, considero a reportagem mais marcante da minha carreira jornalística. Também está registrada, com mais detalhes, no meu livro ‘Encontro com Consciências – Diálogo da unidade com a diversidade’.
        Após o nosso primeiro encontro, uma surpresa maravilhosa. Era noite da sexta-feira, 29 de março. Estávamos na sala eu, Lisle, e a dupla de músicos brasilienses, Carlos Maurício e Izaltino Júnior, que foi tocar para o médium. Acompanhado de seu filho Eurípedes, Chico chega para assistir ao Jornal Nacional e o capítulo da novela O Clone. Ele fez referências ao noticiário, lamentou os conflitos anunciados no Oriente Médio, elogiou a beleza da atriz Giovanna Antonelli, que fazia o papel de Jade, e gostou de ver o baile que passava na novela.

           Transfusão energética - A seguir, naquela sala, aconteceu o ponto alto de minha convivência com Chico Xavier. Eurípedes, o filho adotivo, sentado ao seu lado e fazendo-lhe carinho, saiu por uns instantes e eu ocupei seu lugar. Segurei a mão esquerda de Chico e, ao afagá-la, ele me olhou carinhosamente e sorriu. Instantes depois pensei em soltá-la para deixá-lo confortável, mas, para minha surpresa, era ele quem segurava minha mão direita. Foi quando senti uma vibração tão forte, bombardeando meu ser, como se fora uma transfusão energética. Haja coração! É uma emoção sempre revivida quando relembro.
           Cerca de uma hora depois, Chico pediu para se recolher, deu boa noite e beijou as nossas mãos. O músico Carlos Maurício disse-lhe: ‘O senhor é muito importante’. Ele respondeu: ‘Eu sou muito pequenino’, repetindo a demonstração de humildade, tão peculiar em sua trajetória.
         Ao longo dos quatro dias em Uberaba, convivendo de perto com Chico Xavier, este período foi pontilhado de momentos marcantes. No sábado, os quatro amigos paraibanos chegam do hotel para o almoço com Chico, em sua casa, para um seleto número de convidados. Todos foram unânimes em sentirem-se presenteados e a demonstrar a emoção sentida e expressar felicidade. Era almoço regado a lágrimas. 
Flash da formação da fila para recebimento da cesta básica, no 
Grupo Assistencial Francisco Cândido Xavier

         À tarde fomos ao Grupo Assistencial Francisco Cândido Xavier para assistir e registrar a distribuição de cestas básicas, agasalhos e brinquedos para crianças e enxovais às gestantes. A equipe iniciou os trabalhos com prece, leitura e comentário do Evangelho, fazendo assim a ponte do trabalho social com a assistência espiritual.

           Ecumenismo em ação – Observei que a tendência ecumênica fazia parte do dia-a-dia de Chico Xavier. Primeiro pelo respeito e assistência que ele recebia e tinha para com as pessoas, independentemente de credo. Na copa, onde ele passava grande parte do dia, e no seu quarto, simples como como ele mesmo, esculturas e imagens de Nossa Senhora. Do micro system ecoavam músicas eruditas, mas também as do estilo romântico de Roberto Carlos, Nossa Senhora, Ave Maria, Padroeira e outras do gênero. Como sua hóspede, percebi que a boa energia do ambiente, bastante simples, mas aconchegante, era saudada logo cedo da manhã pelo canto dos bem-te-vis.
           Bastante carinhoso com os seres em geral, Maria Higino Miranda, que trabalhou vários anos com Chico, revelou que ele não permitia a dedetização da casa, para não matar os insetos. Outra peculiaridade, relatada por Maria, é que Chico era tão atencioso com as pessoas que o rodeavam que ele fazia questão de confeccionar, artesanalmente, os cartões de saudação que enviava por ocasião de datas especiais. Uma espécie de hobby que ele cultivava.

          Comemoração do último aniversário de Chico Xavier

           No sábado, 30 de março de 2002, participamos da festa de seu último aniversário (ele completaria 92 anos, dia 2 de abril) e exatamente três meses depois ele se despedia do Planeta, quando nós, brasileiros, comemorávamos o pentacampeonato mundial de futebol. Mas naquela noite de sentimos, testemunhamos e compartilhamos de pura emoção.



Chico Xavier no Grupo Espírita da Prece, no dia do aniversário,
com a medalha que recebeu do Rotary Clube de São Paulo 

           Eram 19h40 quando Chico chegou para a reunião no Grupo Espírita da Prece.  Foi recepcionado por uma multidão com gritos, aplausos e emoção. Todos queriam tocá-lo ou, pelo menos, vê-lo de um melhor ângulo. Muitos haviam chegado ao local cedo da manhã, para conseguir um lugar privilegiado na fila. Os portões de acesso abriam às 16 horas. Era um gesto repetido há décadas, aos sábados.
A imprensa buscava depoimento de pessoas que viajavam milhares de quilômetros exclusivamente para isso. A tarefa era fácil, pois ali estava gente de todas as idades, classes sociais, credos e recantos do Brasil. Durante o dia, constatado num city-tour, placas de ônibus indicavam origem de diversas localidades. Fui informada que os hotéis estavam superlotados.
         Enfim, eu e os amigos paraibanos fomos protagonistas e, ao mesmo tempo, espectadores daquelas doces lembranças, regadas a momentos de muita emoção. Chico ocupou seu lugar na cabeceira da mesa. Começou a reunião com uma prece, seguida da leitura do Evangelho e comentário  da  senhora Marilene Paranhos Silva. Ela ilustrou sua palestra destacando a importância de Deus em nossas vidas e dos exemplos de humildade e amor de Cristo e de Chico Xavier, respectivamente. ‘Com todo respeito a outros missionários, mas não se tem notícias de uma pessoa que haja dedicado mais de 75 anos de sua vida ao trabalho de amor ao próximo. Chico Xavier é um missionário de luz, conforto, amor e alegria’, destacou.
Concluída esta parte dos trabalhos, com uma prece final, foi formada  a fila para os cumprimentos a Chico Xavier. Expectativa, emoção, alegria eram sentimentos expressos nas fisionomias. Incansável, ele recebeu até o último da fila, com a mesma atenção, carinho e alegria. Foi beijado e beijou as mãos de cada um. Eu que experimentei, falo com conhecimento de causa: a vibração daquele gesto é indescritível. Muita gente já chorando, muito antes de se aproximar. Cada pessoa recebia uma fatia do bolo de aniversário com refrigerante.
        Chico Xavier recebeu diversas homenagens artísticas. O Rotary Clube de São Paulo concedeu-lhe uma medalha. Questionado por um jornalista sobre um presente que ele gostaria de receber, respondeu: ‘a paz de Deus para o mundo’, reafirmando a sua trajetória de viver mais em prol dos outros do que de si próprio.
        Quando deixou o Grupo Espírita da Prece mais aclamação do público, num momento em que uma bela lua cheia no horizonte completava a homenagem e parecia também saudá-lo. Obrigada Chico pela felicidade de conviver com sua energia. Você que agora é luz plena, em algum lugar deste imenso Universo!
 
Comitiva da PB com os Eurípedes: Tahan (médico de Chico) e Higino (o filho)

                          ANTES DE CHEGAR À UBERABA
 
 No aeroporto de Belo Horizonte encontramos  
a dupla Pedro e Tiago e aí está o registro