sábado, 26 de fevereiro de 2011
Enesp Jovem e Enespinho terão programação especial no Encontro Espírita Paraibano – período Carnaval
Os jovens e as crianças terão oportunidade de participar do Encontro Espírita Paraibano, com atividades especiais para suas faixas etárias. Tanto o Enesp Jovem quanto o Enespinho contam com uma programação eclética, que abrange atividades artístico-culturais e recreativas. O Enesp Jovem inclui um bate-papo “Trocando idéias sobre mediunidade”, com Alberto Almeida. Além de um dia na Granja, os participantes visitarão o Miep, em Campina Grande, no domingo. Já para as crianças, as opções de entretenimento e cultural são bastantes variadas.
Inscrições abertas. Confira programação e detalhes no portal http://www.fepb.org.br/
Filme “Sempre ao seu lado” em cartaz no Cine Dij deste sábado
O filme “Sempre ao seu lado” (ver sinopse) é a atração deste sábado, às 17h, do Cine Dij, na Federação Espírita Paraibana. O evento, gratuito, foi criado pelos jovens da FEPB com objetivo de discutir filmes sobre a ótica espírita. É uma iniciativa em prol da organização do Enesp Jovem (inclui gastos como passagens de ida e volta para o Miep) e também para inscrição de jovens carentes que desejam muito participar do evento, mas que não tem condição financeira.
Não é cobrado ingresso. A quantia arrecadada para o ENesp Jovem (Encontro Espírita Paraibano) vêm de contribuições espontâneas (Livro de Ouro) e da compra de pipoca, sanduíche e refrigerante na cantina, durante o filme.
Sinopse:
"Hachiko era um cão abandonado, até ser adotado por um professor de música. Os dois criam laços tão fortes que o cão o acompanha ao metrô quando ele
sai para trabalhar, e volta para buscá-lo, todos os dias. Mas um dia o professor não retorna, será que essa profunda lealdade irá superar as
barreiras da desencarnação? Filme Baseado em história real."
Rossandro Klinjey fará palestra neste domingo
O psicólogo Rossandro Klinjey fará a palestra pública, neste domingo, às 17h, na Federação Espírita Paraibana. Na mesma ocasião será lançado o DVD do grupo Semearte, de Campina Grande.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Reformador Online - Reveja a edição de janeiro de 2010
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Lei de Destruição
Christiano Torchi
Desde os tempos remotos, há bilhões de anos, quando os primeiros habitantes do orbe ainda eram animálculos unicelulares, abrigados no seio das águas tépidas dos mares, a saga evolutiva dos seres vivos sempre foi marcada pela constante luta pela sobrevivência, em que duelam dois instintos: o da conservação e o da destruição. Para sustentar a vida, as criaturas precisam de energia, que encontram nos alimentos. Nessa faina, impulsionadas pelo instinto, entredevoram-se mutuamente.
É quando se opera o ciclo de transferência de energia e de nutrientes, que segue numa espiral infinita. Em uma das pontas dessa cadeia estamos nós, que também nos alimentamos dos vegetais e das vísceras dos animais, “nossos irmãos inferiores”.1
Não bastasse isso, os hóspedes da casa planetária têm, ainda, que enfrentar os flagelos naturais que ameaçam a vida e outros valores, causando grande sofrimento. Essa constatação, impactante a princípio, já nos dá uma ideia da faixa evolutiva em que ainda nos situamos,apesar da idade estimada do Planeta em 4,6 bilhões de anos.2
Todavia, os mentores celestes, por meio do Espírito André Luiz, informam que o homem lida com a razão há apenas 40 mil anos, aproximadamente. Assim, cálculos elementares nos levam a concluir que estamos ainda nas primeiras lições da cartilha da vida. Não é sem razão que o comportamento social da criatura humana, blindado com o verniz da civilização, ainda apresenta os atavismos de competição e beligerância:
[...] com o mesmo furioso ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro, a golpes de sílex, o homem da atualidade, classificada de gloriosa era das grandes potências, extermina o próprio irmão a tiros de fuzil.3
Por isso, a convivência em sociedade, muitas vezes marcada pela opressão e pela violência de todos os tipos contra o semelhante, é interpretada por algumas pessoas com fundamento no célebre aforismo, cunhado pelo filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), de que “o homem é o lobo do homem”.
Que razões teria a Sabedoria Divina para estabelecer entre os seres vivos, como regra da natureza, a luta pela sobrevivência, a destruição recíproca e a destruição pelos flagelos naturais? Estariam esses princípios em consonância com a bondade e a justiça do Criador? O estudo das Leis Morais reveladas em O Livro dos Espíritos abre uma ampla visão filosófica e científica, baseada na unidade da criação, na imortalidade, na reencarnação e no progresso dos seres, que permite um entendimento melhor dos propósitos superiores da Inteligência Suprema, em que “as aquisições de cada indivíduo resultam da lei do esforço próprio no caminho ilimitado da Criação”4 (Grifo nosso):
[...] Só o conhecimento do princípio espiritual, considerado em sua verdadeira essência, e o da grande lei de unidade, que constitui a harmonia da criação, pode dar ao homem a chave desse mistério e mostrar-lhe a sabedoria providencial e a harmonia, exatamente onde apenas vê uma anomalia e uma contradição.5
O homem começa a perceber que também integra os ecossistemas, tanto que já propugna pela substituição do modelo de desenvolvimento atual, ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto, por outro sustentável, que tem por divisa progredir sem destruir.Mas será que é possível progredir sem destruir? Em caso afirmativo, onde estariam os limites éticos da destruição? Destruição, no sentido comum, significa extinção, aniquilamento. Sob o ponto de vista espírita, contudo, a Lei de Destruição é transformação, metamorfose, tendo por fim a renovação e a melhoria dos seres vivos.
A destruição tem dupla finalidade: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do envoltório exterior que sofre a destruição: [...] É esse equilíbrio dinâmico baseado em sofisticadas engrenagens que regem a vida e a morte que assegura a perenidade dos ecossistemas e dos seres vivos que neles existem.6
A parte essencial do ser pensante (elemento inteligente) é distinta do corpo físico e não se destrói com a desintegração deste. Logo, a verdadeira vida, seja do animal, seja do homem, não está no organismo físico. Está no princípio inteligente, que preexiste e sobrevive ao corpo material, que se consome nesse trabalho, ao contrário do Espírito, que sai daquele cada vez mais forte, mais lúcido e mais apto. Enfim, a vida e a morte, dentro do planejamento divino, se apresentam como faces da mesma moeda:
[...] a lei de destruição é, por assim dizer, o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de metamorfoses, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo que, paralelamente, os seres vão passando por estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, o reinado da razão.7
O instinto de destruição coexiste com o de conservação, a título de contrapeso, de equilíbrio, para que a primeira não se dê antes do tempo, visto que toda destruição antecipada constitui obstáculo ao desenvolvimento da inteligência, motivo pelo qual Deus fez que cada ser experimentasse a necessidade de viver e de se reproduzir.
Há dois tipos de destruição: a destruição natural e a destruição abusiva. A destruição natural opera-se com o objetivo de manter o equilíbrio dos ecossistemas, como, por exemplo, na morte natural dos corpos pela velhice, nos incêndios naturais das matas que dizimam pragas, na erupção de vulcões, nos terremotos, nas cheias dos rios, que regulam os ciclos de renovação da vida.
Os flagelos naturais que ceifam a vida de milhares de pessoas não constituem meros acidentes da Natureza, uma vez que o globo não está sob a direção de forças cegas. Ninguém sofre sem uma razão justa. Tais fenômenos representam fator de elevação moral, com vistas à felicidade dos indivíduos. Além de favorecerem o desenvolvimento da inteligência ante os desafios, auxiliam o desabrochar dos sentimentos, tais como paciência, resignação, solidariedade e amor ao próximo. Isto é, [...] as comoções do globo são instrumentos de provações coletivas, ríspidas e penosas. Nesses cataclismos, a multidão resgata igualmente os seus crimes de outrora e cada elemento integrante da mesma quita-se do pretérito na pauta dos débitos individuais.8
Já a destruição abusiva, que exprime faces diferentes da violência, é aquela provocada de forma predatória, com fins egoísticos, a pretexto de prover o sustento alimentar ou para satisfazer paixões e necessidades supérfluas, a exemplo do consumismo desenfreado, das caçadas de animais, das touradas. Sem embargo da destruição abusiva, o homem também ofende gravemente a lei divina quando assassina, quando pratica o suicídio e o aborto ilícito, quando provoca guerras etc. Os animais, por terem no instinto um guia seguro, somente destroem para satisfação de suas próprias necessidades, mas o homem, dotado de livre-arbítrio, nem sempre utiliza sua liberdade com sabedoria, sujeitando-se ao princípio de causa e efeito.
As leis divinas são perfeitas! A necessidade de destruição tende a desaparecer, à medida que o homem (Espírito encarnado), pela evolução intelectual e moral, sobrepuja a matéria. À proporção que adquire senso moral, vai desenvolvendo a sensibilidade e tomando aversão à violência. É quando passa a ver no seu semelhante não mais o “lobo”, mas o companheiro necessitado de amparo e de solidariedade. Entretanto, ainda que se despoje dos sentimentos belicosos, o homem, até que desenvolva plenamente o Espírito, sempre estará sujeito aos desafios da luta humana, cuja superação depende do trabalho, do esforço, da experiência e do conhecimento:
[...] Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes.9
Há, da parte das instituições, grande preocupação com o desequilíbrio ambiental, com o crescimento demográfico e as desigualdades sociais, com a miséria, a criminalidade, a corrupção. As medidas tópicas, de ordem econômica, tecnológica, muitas delas com a utilização da força bruta, não alcançam as verdadeiras causas do problema, que estão na ausência de educação moral do Espírito, educação essa que deve iniciar desde a infância como forma preventiva.
É possível colher os benefícios de uma vida sóbria, sem necessidade de agir com violência ou de destruir o próximo: “A vida é muito menos uma luta competitiva pela sobrevivência do que um triunfo da cooperação e da criatividade”.10 Que o homem não se iluda: sem dominar a si mesmo, ele jamais dominará a Natureza.
Referências:
1 XAVIER, Francisco C. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 17, it. Os animais – nossos parentes próximos, p. 122.
2 Disponível em: <http://www.igc.usp.br/index.php?id=304>.Acesso em 28/11/ 2010.
3 XAVIER, Francisco C. Libertação. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 1, p. 18.
4 Idem. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp.Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 86.
5 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 52. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 3, it. 20.
6 TRIGUEIRO, André. Espiritismo e ecologia. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Lei de destruição.
7 CALLIGARIS, Rodolfo. As leis morais. 15. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. A lei da destruição. Apud ROCHA, Cecília (Organizadora). Estudo sistematizado da doutrina espírita. Programa fundamental. Tomo 2. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Módulo 13, rot. 1, p. 99.
8 XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 88.
Desde os tempos remotos, há bilhões de anos, quando os primeiros habitantes do orbe ainda eram animálculos unicelulares, abrigados no seio das águas tépidas dos mares, a saga evolutiva dos seres vivos sempre foi marcada pela constante luta pela sobrevivência, em que duelam dois instintos: o da conservação e o da destruição. Para sustentar a vida, as criaturas precisam de energia, que encontram nos alimentos. Nessa faina, impulsionadas pelo instinto, entredevoram-se mutuamente.
É quando se opera o ciclo de transferência de energia e de nutrientes, que segue numa espiral infinita. Em uma das pontas dessa cadeia estamos nós, que também nos alimentamos dos vegetais e das vísceras dos animais, “nossos irmãos inferiores”.1
Não bastasse isso, os hóspedes da casa planetária têm, ainda, que enfrentar os flagelos naturais que ameaçam a vida e outros valores, causando grande sofrimento. Essa constatação, impactante a princípio, já nos dá uma ideia da faixa evolutiva em que ainda nos situamos,apesar da idade estimada do Planeta em 4,6 bilhões de anos.2
Todavia, os mentores celestes, por meio do Espírito André Luiz, informam que o homem lida com a razão há apenas 40 mil anos, aproximadamente. Assim, cálculos elementares nos levam a concluir que estamos ainda nas primeiras lições da cartilha da vida. Não é sem razão que o comportamento social da criatura humana, blindado com o verniz da civilização, ainda apresenta os atavismos de competição e beligerância:
[...] com o mesmo furioso ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro, a golpes de sílex, o homem da atualidade, classificada de gloriosa era das grandes potências, extermina o próprio irmão a tiros de fuzil.3
Por isso, a convivência em sociedade, muitas vezes marcada pela opressão e pela violência de todos os tipos contra o semelhante, é interpretada por algumas pessoas com fundamento no célebre aforismo, cunhado pelo filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), de que “o homem é o lobo do homem”.
Que razões teria a Sabedoria Divina para estabelecer entre os seres vivos, como regra da natureza, a luta pela sobrevivência, a destruição recíproca e a destruição pelos flagelos naturais? Estariam esses princípios em consonância com a bondade e a justiça do Criador? O estudo das Leis Morais reveladas em O Livro dos Espíritos abre uma ampla visão filosófica e científica, baseada na unidade da criação, na imortalidade, na reencarnação e no progresso dos seres, que permite um entendimento melhor dos propósitos superiores da Inteligência Suprema, em que “as aquisições de cada indivíduo resultam da lei do esforço próprio no caminho ilimitado da Criação”4 (Grifo nosso):
[...] Só o conhecimento do princípio espiritual, considerado em sua verdadeira essência, e o da grande lei de unidade, que constitui a harmonia da criação, pode dar ao homem a chave desse mistério e mostrar-lhe a sabedoria providencial e a harmonia, exatamente onde apenas vê uma anomalia e uma contradição.5
O homem começa a perceber que também integra os ecossistemas, tanto que já propugna pela substituição do modelo de desenvolvimento atual, ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto, por outro sustentável, que tem por divisa progredir sem destruir.Mas será que é possível progredir sem destruir? Em caso afirmativo, onde estariam os limites éticos da destruição? Destruição, no sentido comum, significa extinção, aniquilamento. Sob o ponto de vista espírita, contudo, a Lei de Destruição é transformação, metamorfose, tendo por fim a renovação e a melhoria dos seres vivos.
A destruição tem dupla finalidade: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do envoltório exterior que sofre a destruição: [...] É esse equilíbrio dinâmico baseado em sofisticadas engrenagens que regem a vida e a morte que assegura a perenidade dos ecossistemas e dos seres vivos que neles existem.6
A parte essencial do ser pensante (elemento inteligente) é distinta do corpo físico e não se destrói com a desintegração deste. Logo, a verdadeira vida, seja do animal, seja do homem, não está no organismo físico. Está no princípio inteligente, que preexiste e sobrevive ao corpo material, que se consome nesse trabalho, ao contrário do Espírito, que sai daquele cada vez mais forte, mais lúcido e mais apto. Enfim, a vida e a morte, dentro do planejamento divino, se apresentam como faces da mesma moeda:
[...] a lei de destruição é, por assim dizer, o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de metamorfoses, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo que, paralelamente, os seres vão passando por estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, o reinado da razão.7
O instinto de destruição coexiste com o de conservação, a título de contrapeso, de equilíbrio, para que a primeira não se dê antes do tempo, visto que toda destruição antecipada constitui obstáculo ao desenvolvimento da inteligência, motivo pelo qual Deus fez que cada ser experimentasse a necessidade de viver e de se reproduzir.
Há dois tipos de destruição: a destruição natural e a destruição abusiva. A destruição natural opera-se com o objetivo de manter o equilíbrio dos ecossistemas, como, por exemplo, na morte natural dos corpos pela velhice, nos incêndios naturais das matas que dizimam pragas, na erupção de vulcões, nos terremotos, nas cheias dos rios, que regulam os ciclos de renovação da vida.
Os flagelos naturais que ceifam a vida de milhares de pessoas não constituem meros acidentes da Natureza, uma vez que o globo não está sob a direção de forças cegas. Ninguém sofre sem uma razão justa. Tais fenômenos representam fator de elevação moral, com vistas à felicidade dos indivíduos. Além de favorecerem o desenvolvimento da inteligência ante os desafios, auxiliam o desabrochar dos sentimentos, tais como paciência, resignação, solidariedade e amor ao próximo. Isto é, [...] as comoções do globo são instrumentos de provações coletivas, ríspidas e penosas. Nesses cataclismos, a multidão resgata igualmente os seus crimes de outrora e cada elemento integrante da mesma quita-se do pretérito na pauta dos débitos individuais.8
Já a destruição abusiva, que exprime faces diferentes da violência, é aquela provocada de forma predatória, com fins egoísticos, a pretexto de prover o sustento alimentar ou para satisfazer paixões e necessidades supérfluas, a exemplo do consumismo desenfreado, das caçadas de animais, das touradas. Sem embargo da destruição abusiva, o homem também ofende gravemente a lei divina quando assassina, quando pratica o suicídio e o aborto ilícito, quando provoca guerras etc. Os animais, por terem no instinto um guia seguro, somente destroem para satisfação de suas próprias necessidades, mas o homem, dotado de livre-arbítrio, nem sempre utiliza sua liberdade com sabedoria, sujeitando-se ao princípio de causa e efeito.
As leis divinas são perfeitas! A necessidade de destruição tende a desaparecer, à medida que o homem (Espírito encarnado), pela evolução intelectual e moral, sobrepuja a matéria. À proporção que adquire senso moral, vai desenvolvendo a sensibilidade e tomando aversão à violência. É quando passa a ver no seu semelhante não mais o “lobo”, mas o companheiro necessitado de amparo e de solidariedade. Entretanto, ainda que se despoje dos sentimentos belicosos, o homem, até que desenvolva plenamente o Espírito, sempre estará sujeito aos desafios da luta humana, cuja superação depende do trabalho, do esforço, da experiência e do conhecimento:
[...] Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes.9
Há, da parte das instituições, grande preocupação com o desequilíbrio ambiental, com o crescimento demográfico e as desigualdades sociais, com a miséria, a criminalidade, a corrupção. As medidas tópicas, de ordem econômica, tecnológica, muitas delas com a utilização da força bruta, não alcançam as verdadeiras causas do problema, que estão na ausência de educação moral do Espírito, educação essa que deve iniciar desde a infância como forma preventiva.
É possível colher os benefícios de uma vida sóbria, sem necessidade de agir com violência ou de destruir o próximo: “A vida é muito menos uma luta competitiva pela sobrevivência do que um triunfo da cooperação e da criatividade”.10 Que o homem não se iluda: sem dominar a si mesmo, ele jamais dominará a Natureza.
Referências:
1 XAVIER, Francisco C. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 17, it. Os animais – nossos parentes próximos, p. 122.
2 Disponível em: <http://www.igc.usp.br/index.php?id=304>.Acesso em 28/11/ 2010.
3 XAVIER, Francisco C. Libertação. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 1, p. 18.
4 Idem. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp.Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 86.
5 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 52. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 3, it. 20.
6 TRIGUEIRO, André. Espiritismo e ecologia. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Lei de destruição.
7 CALLIGARIS, Rodolfo. As leis morais. 15. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. A lei da destruição. Apud ROCHA, Cecília (Organizadora). Estudo sistematizado da doutrina espírita. Programa fundamental. Tomo 2. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Módulo 13, rot. 1, p. 99.
8 XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 88.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Terapeutas transpessoais são destaques no Encontro Espírita Paraibano (Enesp)
As inscrições já estão abertas, no portal e sede da FEPB
Os terapeutas transpessoais Alberto Almeida (PA) e Luiz Cláudio Costa (reitor da Universidade Federal de Viçosa - MG), serão os destaques do Encontro Espírita Paraibano (Enesp), que acontece anualmente no período do Carnaval. O evento, realizado pela Federação Espírita Paraibana, entre os dias 05 a 08 de março, elegeu como tema central “Mediunidade: missão de amor”, em homenagem aos 150 anos do Livro dos Médiuns. Serão também palestrantes: José Raimundo de Lima e Vicente Gayoso.
As inscrições, ao preço de R$ 20,00, encontram-se abertas na sede da FEPb (av. Bento da Gama – 555. Torre). Podem ser feitas através de depósito bancário: Banco do Brasil c/c 7696-1 Agência 3502-5 e enviar comprovante para o fax (83) 3221-3590 ou email: fesppb@gmail.com. Para o Enesp Jovem as inscrições custam R$ 70,00, para quem optar pelo sistema internato, ou R$ 15,00 – para os não internos. Nestes casos (Enesp e Enespinho) a programação e informações podem ser obtidas com o Departamento de Infância e Juventude, pelos fones: 8719.8716 (Naco), 8809.8864 (Sara) e 8802.8712 (Neto).
Na ocasião, Alberto Almeida lançará seu primeiro livro “A arte do reencontro”. Dividido em 21 capítulos, esta obra é um convite à reflexão sobre a dinâmica do relacionamento a dois e sobre os elementos que impactam na saúde da relação de conjugalidade, além das relações com filhos de outros relacionamentos.
PROGRAMAÇÃO
O tema central será abordado na palestra de abertura, por Luiz Cláudio, no sábado, às 20h. Ele ministrará um seminário no domingo, pela manhã, sobre Nas asas da mediunidade. À tarde, Vicente Gayoso falará sobre Mediunidade socorrista: comunicação de suicidas, espiritismo, tratamento e prevenção.
Na segunda-feira, pela manhã, Alberto Almeida ministrará o seminário Médiuns e mediunidades – módulo I: curas e alterações orgânicas; mediunismo e animismo. À tarde, no segundo módulo: Médiuns e mediunidades – transtornos mentais, feitiços, iluminação.
Para a terça-feira, pela manhã está agendada a palestra de José Raimundo de Lima sobre Mediunidade e curas – resgatando a memória: Peixotinho, Arigó Dr. Fritz, seguido do encerramento, com Alberto Almeida, com a palestra Saúde emocional.
PERFIL DOS PALESTRANTES
Alberto Almeida (Belém - PA) - Médico homeopata, psicoterapeuta com formação em Psicologia Transpessoal e especialização em Terapia de Regressão a Vivências Passadas. Expositor de renome internacional, com diversos seminários em DVD. Representante da Federação Espírita Brasileira para a Região Norte e membro da Associação Médico-Espírita do Brasil.
Luiz Cláudio Costa (Viçosa-MG) - Reitor da Universidade Federal de Viçosa, é PhD em Agrometeorologia e especialista em Psicologia Transpessoal. É presidente da Casa do Caminho Bezerra de Menezes, uma entidade que trabalha na recuperação de dependentes químicos, utilizando o método da educação integral e dos valores humanos. No campo da literatura, é ocupante da Cadeira nº 6 da Academia de Letras de Viçosa e autor das obras “Jesus, o educador”, “Asas de Luz” e “A educação pelo amor”.
Confira mais detalhes no portal www.fepb.org.br
sábado, 19 de fevereiro de 2011
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Tendo em vista inúmeras manifestações recebidas relacionadas com o anúncio de homenagens que se pretende prestar ao Espiritismo e a Chico Xavier no carnaval carioca, que enfoca a importância da comunicação dos homens com o mundo espiritual, a Federação Espírita Brasileira - FEB informa que tomou conhecimento desse assunto quando da sua publicação, não sendo correta a interpretação de que tenha participado de prévio entendimento.
A FEB esclarece, também, que continua empenhada em promover a difusão da Doutrina Espírita, nos moldes e na forma compatível com os seus princípios doutrinários, com seriedade, dignidade e elevação espiritual.
A FEB esclarece, finalmente, que respeita o direito de todos os que, no uso de sua liberdade de ação, agem no mesmo sentido de colocar a mensagem consoladora e esclarecedora dos ensinos espíritas ao alcance e a serviço de todas as pessoas, onde elas se encontrem, orientando, todavia, para que esse trabalho seja sempre feito preservando os seus valores éticos e doutrinários.
Brasília, 18 de fevereiro de 2011.
Assessoria de Comunicação da FEB
A FEB esclarece, também, que continua empenhada em promover a difusão da Doutrina Espírita, nos moldes e na forma compatível com os seus princípios doutrinários, com seriedade, dignidade e elevação espiritual.
A FEB esclarece, finalmente, que respeita o direito de todos os que, no uso de sua liberdade de ação, agem no mesmo sentido de colocar a mensagem consoladora e esclarecedora dos ensinos espíritas ao alcance e a serviço de todas as pessoas, onde elas se encontrem, orientando, todavia, para que esse trabalho seja sempre feito preservando os seus valores éticos e doutrinários.
Brasília, 18 de fevereiro de 2011.
Assessoria de Comunicação da FEB
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Encerramento das comemorações do Centenário de Chico Xavier
A União Espírita Mineira promove evento em sua nova sede, em Belo Horizonte, nos dias 26 e 27 de março, concluindo as comemorações do Centenário de Chico Xavier. Será um evento que reunirá dirigentes espíritas e estudiosos da obra psicográfica de Chico Xavier.
Na sequência, haverá palestras no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo. Estas comemorações se iniciaram no dia 1º. de janeiro de 2010, em Pedro Leopoldo, e foram realizados mais de 600 eventos em todo o país, conforme Relatório do Projeto Centenário de Chico Xavier apresentado na Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, oportunidade em que foi aprovada a prorrogação destas comemorações até o dia 2 de abril de 2011. Informações: www.uembh.org.br e cfn@febnet.org.br
Na sequência, haverá palestras no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo. Estas comemorações se iniciaram no dia 1º. de janeiro de 2010, em Pedro Leopoldo, e foram realizados mais de 600 eventos em todo o país, conforme Relatório do Projeto Centenário de Chico Xavier apresentado na Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, oportunidade em que foi aprovada a prorrogação destas comemorações até o dia 2 de abril de 2011. Informações: www.uembh.org.br e cfn@febnet.org.br
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
A ESCOLHA DAS PROVAS
Emmanuel
Estudando o problema da escolha de provações da Esfera Espiritual para o círculo das experiências humanas, imaginemos um campo de serviço terrestre em que cada trabalhador é chamado à execução de tarefa específica.
Decerto que, aí dentro, vige a liberdade na razão direta do dever bem cumprido.
O servidor que haja inutilizado deliberadamente as peças do arado que lhe requer devoção e suor gastará tempo em adquirir instrumento análogo com que possa atender à orientação que o dirige.
O lavrador invigilante que tenha permitido por desleixo a incursão de vermes destruidores na plantação que lho define o trabalho, não pode esperar a colheita nobre antes que se consagre à limpeza e preservação da leira que a administração lhe confia.
O cooperador que tenha a infelicidade de envolver-se no crime terá cerceada a sua independência de ação, de vez que será necessário circunscrever-lhe a influência em processo adequado de reajuste.
Entretanto, se o operário fiel da lavoura satisfaz agora todos os requisitos das justas obrigações a que, se vê convocado, sem dúvida, plasma, em seu próprio favor, o direito de indicar por si mesmo o novo passo de serviço na direção do futuro, com pleno assentimento da autoridade superior que lhe traça o roteiro de lutas edificantes.
Assim, pois, além do sepulcro, nem todos desfrutam de improviso a faculdade de escolher o lugar ou a situação em que deva prosseguir no esforço de evolução, porquanto, quase sempre, é imperioso o regresso às sombras da retaguarda para refazer com sofrimento e lágrimas, amargura e aflição o ensejo sublime de acesso à luz.
Se desejas, assim, a marcha vitoriosa para lá dos portais de cinza em que o túmulo se te expressa à visão, afeiçoa-te, com perseverança e lealdade, ao próprio dever, dele fazendo o teu pão espiritual, cada dia, por que para alcançar o triunfo e a elevação de amanhã é indispensável saibamos consagrar-lhes a nossa atenção desde hoje.
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier
Revista O Semeador – Abril de 1981
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
O LIVRO DOS MÉDIUNS - 150 ANOS
Selo alusivo aos 150 anos de 'O Livro dos Médiuns' que será utilizando na capa de 'Reformador' ao longo do ano de 2011.
No dia 15 de janeiro de 1861 foi lançado o Livro dos Médiuns que completará 150 anos em 2011. Este livro é a base essencial para os que se interessam pelo espiritismo experimental.
Sugerimos aos presidentes de instituições espíritas que promovam eventos alusivos em comemoração ao Livro dos Médiuns.
A Mediunidade é um instrumento de comunicação entre os dois mundos. O Livro dos Médiuns é um "tratado científico de orientação" para todos os médiuns e para a prática mediúnica séria.
Emmanuel assevera em O Consolador pergunta 410 que:
“O primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Frequentemente é o personalismo, é a ambição, a ignorância, a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus deveres à Luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade é a confusão dos campos improdutivos.
Reunião mediúnica séria. É aquela “(...) em que se pode haurir o verdadeiro ensino. (...) Uma reunião só é verdadeiramente séria, quando cogita de coisas úteis, com exclusão de todas as demais.” L. M. -2ª parte, cap.29, item 327.
Aproveitando o ensejo comemorativo, publicamos para reflexão o texto escrito pela nossa irmã de ideal espírita Edna Maria Fabro ( membro da diretoria e coordenadora do Curso de Estudo e Educação da Mediunidade – campo experimental da FEB, Brasília-DF).
A Capacitação do Trabalhador da Mediunidade
Os Benfeitores Espirituais nos esclarecem que a mediunidade é recurso de trabalho e aprimoramento para o homem da Terra. É “[...] talento divino para edificar o consolo e a instrução entre os homens”.12 Emmanuel ainda nos ensina que a mediunidade “[...] é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos.”8 Através do maravilhoso intercâmbio entre os dois planos da vida, o ser humano ajuda-se, mutuamente, em favor do seu aprimoramento, sob a supervisão amorosa de Deus.
A mediunidade é, pois, sublime instrumento da Bondade Divina para redimir o ser das suas amarras milenares, transformando-o em agente impulsionador do progresso na Terra.
Daí a grande responsabilidade daquele que assume a tarefa de trabalhar em favor de si mesmo e do bem comum, utilizando os recursos da mediunidade. É imprescindível que se instrua, a fim de conhecer os caminhos seguros da sua execução.
Emmanuel esclarece que a “[...] primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias [...].”9 Elucida também que a “[...] especialização na tarefa mediúnica é mais que necessária e somente de sua compreensão poderá nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da verdade a realizar.”10
Entendemos, também, que a prática mediúnica exige disciplina, renúncia e mesmo sacrifícios pessoais. Precisa haver por parte do trabalhador, comprometimento e busca constante da sublimação das energias psíquicas, a fim de que os frutos do seu labor mediúnico sejam proveitosos para si mesmo e os demais.
Portanto, pela complexidade de que se reveste a prática mediúnica, o trabalhador necessita buscar o conhecimento, a fim de exercer a tarefa enobrecedora do intercâmbio produtivo.
Allan Kardec já destacava a importância de um curso regular de Espiritismo, “[...] com o fim de desenvolver os princípios da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as idéias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns.”6
O Codificador também alerta em O Livro dos Médiuns: “Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na prática do Espiritismo, se originam da ignorância dos princípios desta ciência [...].”2
A Doutrina Espírita, através dos seus ensinos, nos oferece a orientação segura para o correto exercício da mediunidade, fazendo com que a sua prática se torne fonte de luz e esclarecimentos. É necessário, portanto, estudá-la de forma metódica e sistemática, à luz do Evangelho de Jesus, antes e após o ingresso na tarefa mediúnica.
A capacitação do trabalhador deve, pois, estar assentada em dois fundamentos básicos, que constituem os seus referenciais: a) o conhecimento doutrinário, extraído das obras codificadas por Allan Kardec, e, das suplementares a estas, de autoria de Espíritos fiéis às orientações da Doutrina Espírita; b) conduta espírita, ética e moral, segundo as orientações de Jesus, contidas no seu Evangelho. 10
Essa capacitação deve buscar, principalmente, favorecer o aprofundamento de temas doutrinários, sobretudo os relacionados à prática mediúnica, desenvolvendo o gosto pelo estudo espírita. Deve ainda, preparar o trabalhador para exercer a mediunidade de forma natural, como é preconizada pela Codificação Espírita.
Neste sentido, é importante resgatar o seguinte conceito de médium, existente em O Livro dos Médiuns:
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.4
Assim sendo, todos nós somos capazes de registrar, consciente ou inconscientemente, idéias e sugestões dos Espíritos. Portanto, todos podem, em princípio, participar e contribuir positivamente numa reunião mediúnica, sendo, porém, necessária a preparação devida a tão importante tarefa.
A capacitação do trabalhador da mediunidade, além de enfocar o conhecimento teórico, necessita oferecer a oportunidade da experimentação. Para se desenvolver qualquer habilidade é necessário que o candidato tenha conhecimento da teoria e realize exercícios continuados. Assim também ocorre com as faculdades psíquicas. Para saber se alguém possui algum tipo de mediunidade é necessário exercitá-la.
Allan Kardec esclarece:
Por [...] nenhum diagnóstico se pode inferir, ainda que aproximadamente, que alguém possua essa faculdade. Os sinais físicos, em os quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada têm de infalíveis. Ela se manifesta nas crianças e nos velhos, em homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Só existe um meio de lhe comprovar a existência. É experimentar.3
A capacitação deve, ainda, auxiliar o trabalhador a se integrar nas atividades da Casa Espírita. É importante que o medianeiro, além da sua atuação nas reuniões de estudo da mediunidade, seja também um participante ativo das demais tarefas da Casa. Isto vai favorecer o desenvolvimento das habilidades necessárias para a execução da difícil tarefa do intercâmbio mediúnico.
Outro fator a se considerar na preparação do trabalhador da mediunidade é a conscientização da importância do trabalho em equipe. Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades são a soma de todas as dos seus membros. O sucesso da tarefa mediúnica é resultado da união dos seus participantes.
No Livro dos Médiuns, segunda parte, item 341, o codificador estabelece as condições para a boa produtividade da reunião mediúnica, das quais destacamos: “Perfeita comunhão de vistas e de sentimentos. Cordialidade recíproca entre todos os seus membros. Ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã.” 5
Como nos alerta o Espírito Emmanuel, não pode haver “[...] construção útil sem estudo e atividade, atenção e suor.” Quem queira sinceramente contribuir no intercâmbio mediúnico, precisa estudar sempre e buscar o próprio burilamento interior, a fim de produzir o melhor na Seara do Senhor. “[...] Mas, exercer a mediunidade como força ativa no ministério do bem é fruto da experiência de quantos lhe esposaram a obrigação, por senda de disciplina e trabalho, consagrando-se, dia a dia, a estudar e servir com ela.”11
“Espíritas! amai-vos, – este o primeiro ensinamento; instrui-vos, – este o segundo. [...].”1 Esta é a inolvidável advertência do Espírito da Verdade, gravada na Codificação Espírita.
Bibliografia
1. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 127. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 6, item 5, p. 142.
2. ____. O livro dos médiuns. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução, p. 13.
3. ____. Segunda parte, cap. 17, item 200, p. 255
4. ____. Cap. 15, item 159, p. 211.
5. ____. Cap. 29, item 341, p. 456.
6. ____. Obras póstumas. 40. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Segunda parte, Projeto 1868, item: Ensino espírita, p. 376.
7. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Estudo e prática da mediunidade (apostila). Programa II. 3. ed. Brasília: FEB, 2007. Roteiro 4, p. 90.
8. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Questão 382, p.299.
9. ____. Questão 387, p. 302.
Departamento Doutrinário da FERGS
Enesp 2011 homenageará 150 anos do Livro dos Médiuns
As inscrições já estão abertas
Em homenagem aos 150 anos do Livro dos Médiuns, o Encontro Espírita Paraibano (Enesp) elegeu como tema central “Mediunidade: missão de amor”. O evento, realizado pela Federação Espírita Paraibana, entre os dias 05 a 08 de março, contará com as participações especiais de Alberto Almeida (PA) e Luiz Cláudio Costa (MG), além dos expositores paraibanos José Raimundo de Lima e Vicente Gayoso.
As inscrições, ao preço de R$ 20,00, encontram-se abertas na sede da FEPb (av. Bento da Gama – 555. Torre). Podem ser feitas através de depósito bancário: Banco do Brasil c/c 7696-1 Agência 3502-5 e enviar comprovante para o fax (83) 3221-3590 ou email: fesppb@gmail.com. Para o Enesp Jovem as inscrições custam R$ 70,00, para quem optar pelo sistema internato, ou R$ 15,00 – para os não internos. Nestes casos (Enesp e Enespinho) a programação e informações podem ser obtidas com o Departamento de Infância e Juventude, pelos fones: 8719.8716 (Naco), 8809.8864 (Sara) e 8802.8712 (Neto).
Programação
O tema central será abordado na palestra de abertura, por Luiz Cláudio, no sábado, às 20h. Ele ministrará um seminário no domingo, pela manhã, sobre Nas asas da mediunidade. À tarde, Vicente Gayoso falará sobre Mediunidade socorrista: comunicação de suicidas, espiritismo, tratamento e prevenção.
Na segunda-feira, pela manhã, Alberto Almeida ministrará o seminário Médiuns e mediunidades – módulo I: curas e alterações orgânicas; mediunismo e animismo. À tarde, no segundo módulo: Médiuns e mediunidades – transtornos mentais, feitiços, iluminação.
Para a terça-feira, pela manhã está agendada a palestra de José Raimundo de Lima sobre Mediunidade e curas – resgatando a memória: Peixotinho, Arigó Dr. Fritz, seguido do encerramento, com Alberto Almeida, com a palestra Saúde emocional.
Fonte:FEPB
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