terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os efeitos morais do perdão


Clara Lila Gonzales de Araújo
“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho.” (Mateus, 5:25.)
Jesus, na passagem registrada pelo evangelista Mateus, aconselha-nos a desvencilhar-nos dos dolorosos grilhões do passado obscuro, por meio da exemplificação do ato sublime de perdoar os que nos feriram, e solicitar perdão a algum de nossos irmãos que, pelos agravos que lhes tenhamos feito, se transformam em desafetos, muitas vezes, por razões de contraditas estéreis e pueris.

Na prática do perdão, o tema sugere ampla abordagem, mas gostaríamos de centrar essa análise nas dificuldades que surgem dos relacionamentos existentes entre os Espíritos que permanecem encarnados.

Determinadas pessoas, ao serem injuriadas, expressam indignação e revolta promovendo manifestações pessoais de cólera e superioridade na ânsia de agredir o ofensor e colocam-se na mesma posição do oponente ao quererem revidar as agressões recebidas. Nem sempre privilegiam a generosidade e a complacência e torna-se difícil esquecer o mal cometido contra elas ao exigirem retratação das afrontas recebidas, sem saberem perdoar com verdadeira simplicidade de coração. “O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige reconhecimento de qualquer natureza”.1
Esquecem que as ofensas são perdoadas por Deus, na mesma proporção em que houverem perdoado os que as ofenderam.

Ao enunciar o  Pai Nosso,o Mestre nos ensina a pronunciar: “Perdoa-nos nossas dívidas, como também perdoamos nossos devedores” (Mateus, 6:12).2
Allan Kardec indaga: “Esse perdão é, porém, incondicional? É uma remissão pura e simples da pena em que se incorre?”. Ele conclui que não, pois:

[...] a medida desse perdão subordina-se ao modo pelo qual se haja perdoado, o que equivale dizer que não seremos perdoados desde que não perdoemos.3

A caridade não consiste apenas em ajudarmos os que carecem de necessidades materiais ou que precisam de consolo para suas dificuldades morais, mas, principalmente, em olvidarmos e perdoar-mos os insultos recebidos. Entretanto, como desculpar com verdadeira espontaneidade de coração, se na trajetória da existência surgem adversários que se tornam frios e indiferentes, influindo-nos para que sejamos também assim?
Dentro dessa realidade, devemos aceitar as investidas daqueles que amamos, em forma de ingratidão e indiferença, após demonstrações de puro afeto que lhes outorgamos? Infelizmente, pelas imperfeições morais que ainda nos caracterizam a personalidade, cultivamos sentimentos de mágoa e rancor ao recordarmo-nos dos agravos que sofremos. Kardec, na análise que faz sobre a caridade, na suamais ampla acepção, alerta-nos:

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos [...] todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho [...] e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimi gos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na ra zão direta da sua extensão. [...]4

O indivíduo que deseja perdoar sinceramente, consciente das consequências sublimes que esse ato acarreta, assume a atitude inspi rada no Evangelho, valendo-se do admirável ensinamento: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes” (Mateus, 18:22). O perdão verdadeiro esquece, em definitivo, o mal recebido; não se gaba da concessão a fazer, sem vangloriar-se da absolvição concedida aos inimigos. Os que agem assim não se perturbam por “nenhuma raiz de amargura” (Paulo aos Hebreus, 12:15) e exemplificam atitudes de desprendimento e compreensão
legítima, ao acolher com brandura o ofensor. Por esse motivo, Martins Peralva (1918-2007), escritor espírita, em uma de suas obras sobre os valiosos estudos do Espírito Emmanuel, observa:

O perdão que o Espiritismo e os amigos espirituais preconizam em verdade não é de fácil execução. Requer muita boa vontade. Demanda esforço – esforço continuado, persistente.

Reclama perseverança. Pede tenacidade. É bem diferente do perdão teológico, que deve ter tido, em algum tempo, sua utilidade. Não se veste de roupagem fantasiosa, não se emoldura de expressões simplesmente verbais.5

Aquele, pois, que se sinta ofen ido deve esforçar-se para domars energias afetivas que, convertias em paixões desequilibradas, avram ódios intempestivos, demonstrando que estamos longe e alcançar a sublimidade dos sentimentos, especialmente nos momentos de crises morais da vida.
Deveríamos compreender de maeira decisiva as leis que regem as ausas e os efeitos dos pensamen os e atos que conservamos, recohecendo que ainda nos deleitams situações de represália para com as pessoas que nos comba em. A paz é patrimônio divino que se torna imprescindível defender! O Espírito Angel Aguarod, em análise sobre a questão, afirma categórico:

O desejo de paz, nos que ainda não chegaram ao ponto médio da evolução, permanece em estado de aspiração, por não terem sabido tirar dos descala bros sofridos as consequências naturais que deles brotam e mediante as quais aprende o ser racional a cimentar a paz na própria paz, isto é, na paz da alma, que exige, para tornar-se efetiva, a eliminação de todo sentimento antifraternal [...].6

Nesse contexto, proliferam sentimentos contrários à caridade e que influenciam nocivamente a sociedade e os indivíduos que a compõem.Ora, se “o progresso material de um planeta acompanha o progresso moral de seus habitantes”,7 inferimos que, ao atuar desse modo, não conseguimos aplicar o livre-arbítrio para disseminar a Doutrina Espírita na Terra, à luz do Evangelho. Querer lutar em objeção aos adversários, magoando-os, muitas vezes, em
condição humilhante, com o propósito de desforra, afasta-nos da bondade e da indulgência sinceras, mormente ao desdenhar os esforços daqueles que porventura pretendem reconciliar-se conosco.

“Quem perdoa liberta o coração para as mais sublimes manifestações do amor que eleva e santifica”.8
Para tanto, é urgente buscar o progresso individual; interrogar mais assiduamente a consciência e verificar quantas vezes fracassamos no trato com as pessoas que nos cercam na esfera familiar, no ambiente profissional, no grupo espírita e em outros círculos que vivenciamos em prol da evolução particular. Luminosos conselhos são oferecidos por Santo Agostinho, em benefício doconhecimento de nós mesmos:

[...] Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. [...]9

Paulo, o apóstolo, em mensagem inserida em O Evangelho segundo o Espiritismo,10 convida-nos a avaliar as próprias características comportamentais e mostra-nos que somos Espíritos exigentes, inflexíveis, duros e  rigorosos, nem sempre atentos à possibilidade de reconhecer que os rompimentos podem ter sido iniciados por nossa culpa ao convertermos em  querela grave o que poderia, facilmente, ter sido deslembrado. O perdão não exclui a necessidade da vigilância, e o amor ao próximo deve pautar as decisões que tomarmos para não termos dúvidas quanto a reconciliar-nos com os nossos opositores, conforme recomendação de Jesus.

Referências:

1 XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 335.
2 DIAS, Haroldo Dutra. (Trad.) O novo testamento. Brasília: EDICEI, 2010. p. 55.
3 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Manuel Quintão. 2. ed. bolso. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. P. 1, cap. 6, it. 6.
4______. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 25. ed. bolso. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.Cap. 17, it. 2.
5 PERALVA, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 24, p. 175.
6 AGUAROD, Angel.  Grandes e pequenos problemas. 7. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 6, it. 3, p. 216-217.
7 KARDEC, Allan.  A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 2. ed. bolso. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 11, it. 27.
8 PERALVA, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 24, p. 177.
9 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 14. ed. bolso. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 919a, p. 451.
10______. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 25. ed. 3.reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 10,it. 15

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Espíritas distribuem milhares de mensagens nos Cemitérios

Espíritas distribuem milhares de mensagens nos Cemitérios

Milhares de mensagens foram distribuídas nos cemitérios da Capital, pela campanha “Divulgando a imortalidade”, da Federação Espírita Paraibana, através da Assessoria de Comunicação Social, promovida anualmente no Dia de Finados.
O evento foi concluído no final da tarde com a palestra “Esclarecendo a imortalidade”, proferida pelo presidente da FEPb, José Raimundo de Lima, no Cemitério Parque das Acácias, acompanhada da apresentação musical da dupla Neifa e Wallace.
Este ano, a campanha FEPb contou com o apoio dos Polos Espíritas e Coordenadorias Regionais. Foram instaladas tendas nos cemitérios da Capital, ilustradas com banners e a mensagem “A vida não termina aqui. A doutrina espírita explica”. No local foram disponibilizados jornais, revistas, folhetos e folders. Paralelamente, uma equipe de espíritas distribuiu mensagens com os visitantes.
Na edição do domingo (30.10), o Jornal da Paraíba encartou a mensagem, antecipando a campanha para os leitores de toda Paraíba. A campanha aconteceu também em Campina Grande e noutras localidades do estado.
Mais uma vez a mídia em geral divulgou a campanha, bem como promoveu cobertura, estendendo, assim, a mensagem espírita para toda Paraíba, através do jornal, rádio e TV, além da amplitude planetária via repercussão nos portais.

Texto e fotos: Fátima Farias - Assessora de comunicação social da FEPB
 Confira as mensagens neste link:

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

FEPB realiza 9ª Campanha Divulgando a Imortalidade

Com o tema “A vida não termina aqui”, a Federação Espírita Paraibana realiza a 9ª campanha “Divulgando a Imortalidade”, por ocasião do Dia de Finados. Em todos os cemitérios da Capital serão instaladas tendas com banners, enfatizando a imortalidade da alma. Paralelamente, uma equipe de espíritas distribuirá mensagens, com os visitantes.
A partir das 15h desta quarta-feira, o presidente da Federação Espírita Paraibana, José Raimundo de Lima, fará a palestra “Esclarecendo a Imortalidade”, no Cemitério Parque das Acácias.  Na ocasião, a arte espírita estará presente com a apresentação de números musicais.
Há nove anos surgiu a campanha “Divulgando a Imortalidade”, com o objetivo de massificar a mensagem espírita, ressaltando  a continuidade da vida após a morte física, afixando faixas em locais de grande fluxo de trânsito da cidade; distribuição de mensagens nos cemitérios e noutros pontos da capital, além de promover entrevistas na mídia.
Confira a mensagem que será distribuída no portal www.fepb.org.br

Para refletir!
          Nossos entes queridos não morreram. Partiram antes.
          Somente nosso corpo morre. O espírito é imortal e evolui
          Morrer significa, apenas, mudar de estado. A morte é a própria vida numa nova edição.
         A tua maior homenagem será sempre fazer o bem, trabalhar com alegria, amar e servir ao próximo, em nome de Jesus.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Jornada da Mulher Espírita na FEPb, neste domingo


Neste domingo (16), a Federação Espírita Paraibana sediará a Jornada da Mulher Espírita. A conferencista será a presidente da Federação Espírita de Pernambuco, Ednar Santos, que falará sobre a “Sintonia Espiritual: Fenômeno de Harmonia Psíquica”, a partir das 16h.
A direção dos trabalhos será de Gizelda C. Arnaud.Haverá ainda apresentação de representantes do Grupo Acorde e de Dalila Cartaxo. Leda Helena e Jane Domingues farão as preces

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Estréia de “O Filme dos Espíritos” em JP foi prestigiada por integrantes paraibanos

 
            Quatro integrantes do elenco e produção paraibana de “O filme dos espíritos” prestigiaram a estréia em João Pessoa. O ator e roteirista Anderson Rolim, os assistentes de produção Rodrigo de Almeida Lopes e Janduy Cassemiro, além da figurinista Hosana Gomes passaram o dia desta sexta-feira concedendo entrevistas. Após assistirem ao filme, posaram para fotos com pessoas que foram conferir a estréia.
Eles participam do filme porque foram os únicos nordestinos a vencer um processo seletivo nacional, com o curta-metragem Mamãe, café e água, que juntamente com outros cinco curtas integram o longa. No enredo principal, a história de um homem que após perder a esposa e a caminho do suicídio, se depara com “O Livro dos Espíritos”. Aí começa a jornada de transformação interior rumo aos mistérios de vida espiritual e suas influências no mundo material.
Exemplifica a lei de ação e reação através da reencarnação e mostra que as relações humanas, que fundamentadas em amor e ódio, não se rompem com a morte. Com produção do Mundo Maior Filmes e distribuição do Paris Filmes é dirigido por André Marouço e Michel Dubret. A filmagem do curta foi realizada no distrito de Várzea da Ema (Santa Helena) cidade vizinha de Cajazeiras. Para isso, a equipe do Mundo Maior (São Paulo) passou dez dias fazendo teste com os atores profissionais e amadores para produção do curta.
Direção executiva paraibana – O curta foi produzido por uma equipe do Centro Espírita “Os Cireneus do Caminho”, em Cajazeiras, eles fazem parte do Grupo de Teatro Renascer (GTR). Sob a direção executiva de Murilo e Lúcia Siébra, o elenco paraibano concorreu com mais de 100 roteiros oriundos de diversas partes do Brasil e foi o único vitorioso do Nordeste.
            O filme dos espíritos está em cartaz nos cinemas do Manaíra Shopping e do MAG Shopping.
Mais informações no portal www.fepb.org.br



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

“O Filme dos Espíritos” estreará nesta sexta-feira

Confira programação e detalhes aqui!

“O Filme dos Espíritos” estreará nesta sexta-feira. Confira programação e detalhes aqui!
O FILME DOS ESPÍRITOS
Estréia nesta sexta, no
Cinespaço do MAG Shopping
Horários das sessões:
16h – 18h – 20h – 22h


“O Filme dos Espíritos” estreará em João Pessoa, nesta sexta-feira, no Cinespaço do MAG Shopping – orla de Manaíra.
Vá lá conferir! Convide familiares e amigos. Divulgue nas suas redes sociais!

Programação de 07/10 a 13/10/2011

O FILME DOS ESPÍRITOS
Direção: André Marouço / Michel Dubret – Brasil - 2011 – 101 min. – 12 anos
Gênero: Drama
Distribuição: Paris filmes
Elenco: Nelson Xavier, Ênio Gonçalves, Etty Fraser, Ana Rosa
Sinopse: Após perder a esposa e a caminho do suicídio, um homem se depara com O Livro dos Espíritos e começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual e suas influências no mundo material.
Horários: 16h – 18h – 20h – 22h

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O homem de bem

Jorge Leite de Oliveira
Segundo Allan Kardec, na questão 918 de O Livro dos Espíritos (LE) e no capítulo XVII, item 3, de O Evangelho segundo o Espiritismo (ESE) “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

Se desejarmos sintetizar essa bela mensagem de Allan Kardec sobre o homem de bem, basta-nos refletir acerca do conteúdo desse primeiro parágrafo. Tudo o mais que vem a seguir decorre do que ele contém. Podemos mesmo afirmar que já a primeira frase traz a norma máxima da vida do homem de bem: o cumprimento da lei de justiça, de amor e de caridade.

Já lemos e ouvimos muitas vezes a recomendação de que o segredo da felicidade é contribuir para a felicidade alheia, mas infelizmente ainda trazemos enraizado em nosso íntimo o desejo de que nos façam felizes. Exemplos: 1) o casal de namorados espera, um do outro, que o faça feliz e ambos esquecem que a felicidade consiste em dar cada qual o melhor de si em prol da felicidade alheia;
2) a família, a começar pelo marido e a mulher: quantas vezes, os segredos mais íntimos do casal acabam tornando-se conhecidos de muita gente?
Quantos lares são desfeitos em virtude da falta de fidelidade, jurada antes e no momento festivo das núpcias? E os maus exemplos que são presenciados pelos filhos, desde bem pequeninos? Vícios, conversas desrespeitosas sobre a vida alheia, discussões e até mesmo agressões são entraves à boa educação, que deve começar no lar.

Como se pode constatar, o cumprimento dessa lei em “sua maior pureza” não é fácil.Mas quando um único Espírito se ilumina, arrasta consigo uma multidão desejosa de seguir-lhe os passos. A outra parte do parágrafo inicial sobre o “homem de bem” refere-se a “interrogar a consciência”, ato dos mais louváveis, pois é nela que está impressa a Lei de Deus. (LE, questão 621.) Na questão 919, desse livro, que trata sobre “o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal”, somos recomendados a seguir o conselho socrático do conhecimento de nós mesmos.

Em resposta à nova indagação de Kardec (LE, questão 919a) sobre como conseguir esse conhecimento, Santo Agostinho propõe-lhe fazer, ao final de cada dia, um exame de consciência. Se não faltara a algum dever, se ninguém lhe guardara mágoa. “[...] Perguntai ainda mais: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?”

Em seguida, recomenda: “Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado”. Continuando, afirma Kardec que o homem de bem “deposita fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Sabe que sem a sua permissão nada acontece e se lhe submete à vontade em todas as coisas”. (ESE, cap. XVII, item 3.) Um filósofo chegou à seguinte conclusão: “Se Deus não existe, tudo nos é permitido”. Esse é o grande engano de muita gente. Sem a certeza da existência de Deus, muitas pessoas se autodestroem.

O Espiritismo, afirma Santo Agostinho, em sua mensagem sobre o autoconhecimento (LE, q. 919a), foi-nos enviado justamente para, não só por meio dos fenômenos, como das instruções dos Espíritos elevados, nos dar a certeza da vida futura e nos assegurar a existência de Deus como nosso Pai, e de Jesus como nosso guia. O homem de bem “tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais”. (ESE, cap. XVII, item 3.) Esse homem “sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar”.  (Op. cit.) Sem o conhecimento da reencarnação, que o Espiritismo nos trouxe, seria difícil aceitar “sem murmurar” todas as aparentes injustiças da matéria. Ele nos proporciona a “fé inabalável”.

O homem de bem,“possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça”. (Op. cit.) Essa é que é a verdadeira caridade, a que nos impulsiona para o bem,movidos pelo amor ao próximo, e que nos dá a certeza de que “viver bem é viver para o bem”.

Vive para o bem quem Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros, antes do seu próprio interesse.

O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. (Op. cit.) Os Espíritos nos afirmam que o desinteresse é a maior demonstração de nossa elevação moral bem como “a sublimidade da virtude.

[...] A mais meritória [virtude] é a que assenta na mais desinteressada caridade”. (LE, questão893.) “O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus”. (ESE, cap.XVII, item 3.) Esse é o que, independentemente da religiosidade ou não do próximo, atenta para o convite de Jesus: “Um novo mandamento vos dou. Que vos ameis uns aos outros tanto quanto eu vos amei”. (João, 13: 34.) “Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam”. (ESE, cap. XVII, item 3.) Esse respeito decorre da certeza mesma de que todos somos irmãos em Deus, avultando a vontade de ser bom e o respeito pelo próximo como mais importantes do que a crença.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. (Op. cit.)

Aqui recordamos a máxima escrita por Kardec (Op. cit., cap. XV, item 10) e confirmada pelo apóstolo Paulo, na mensagem final desse capítulo: “Fora da caridade não há salvação”.

“Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitadosos seus”. (Op. cit., cap. XVII, item 3.) O limite dos nossos direitos, dizem-nos os Espíritos superiores, termina exatamente onde ameaçamos os do nosso próximo. “Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz”. (Op. cit.)

Por essas palavras finais, percebemos que ser homem de bem é um caminho longo a percorrer. Mas não devemos desanimar jamais, pois o mesmo caminho que percorre o bem também o faz a felicidade. Repetindo Allan Kardec, concluímos:

[...] Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. (Op. cit., cap. XVII, item 4.)

Referências:

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 129. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.
______. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 91. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.

Extraído da Revista Reformador

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Culpa" inicia temas de setembro do programa Momento Espírita

03 set – A culpa - Reynaldo Leite
10 set – A educação no processo evolutivo – Ney Lobo
17 set – As drogas e o espírito – João Leal Neto
24 set – Os Jovens e os desafios da atualidade – Raul Teixeira
Confira todos os sábados, às 8h, pela TV Tambaú/ SBT

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O mal da omissão

Richard Simonetti
Na entrada de uma estação do metrô, em Nova Iorque, deparei-me com um homem maltrapilho, a dormir profundamente o sono pesado dos alcoólatras. Ao lado, uma lata para que as pessoas depositassem doações em seu benefício, e um cartaz com o seguinte apelo: Help a poor irish man keep his drinking habit. Ajude este pobre irlandês a manter o seu vício. A cena, digna de uma comédia dramática, era reveladora. Demonstrava que mesmo no país mais rico do mundo não se conseguiu solucionar o problema do alcoolismo e da exclusão social. Perto de 12% da população americana, aproximadamente 36 milhões de pessoas, vivem em estado de pobreza, alcoólatras em boa parte. Isso nos permite constatar uma tendência lamentável: a capacidade que tem o ser humano de conviver com as carências alheias, sem se condoer, sem se incomodar, sem se propor a fazer algo.

Se milhões de americanos de classe média e abastada que moram em Nova Iorque, uma das cidades mais ricas e de maior rendimento per capita do mundo, participassem de organizações não governamentais, com o propósito de ajudar os carentes de todos os matizes, esses problemas seriam solucionados facilmente. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XV, item 10, há uma mensagem de Paulo que, reportando-se à máxima de Kardec, “Fora da caridade não há salvação”, enfatiza:

[...] Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim,meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Insuficiente, como afirma o apóstolo, não fazer o mal. Imperioso fazer o bem. Elementar que boa parte dos males praticados pelos homens nasça do fato de não se haver exercitado o bem com eles. Não é novidade que muitos criminosos em potencial ou consumados são formados na rude escola da exclusão social, da pobreza, da necessidade mais premente. Está demonstrado que há, quase sempre, uma história de maus-tratos, carência afetiva e frustração em nossos irmãos comprometidos com a criminalidade.

Se o Bem não chega, o mal bota as mangas de fora. Se tarda a luz, as trevas dominam. Detalhe importante, amigo leitor: nas reuniões mediúnicas manifestam-se Espíritos perturbados e infelizes, não raro inconscientes de sua situação. Em boa parte, não foram maus, apenas omissos. Por desinteresse, jamais cogitaram de que não praticar o Bem faz mal para a alma, situando-nos à margem da Harmonia Universal, regida pelo Bem Supremo: Deus! A justiça humana pune a omissão de socorro, quando fomos os responsáveis por um acidente de trânsito com vítimas.

A justiça divina pune a omissão de socorro diante de males que não causamos, mas que temos condições de minorar, envolvendo as carências humanas. Não podemos, portanto, alegar ignorância, nem dizer que não sabíamos, quando a morte nos transferir para o Além e nos pedirem contas de nossas ações. Sabíamos sim! Eu sei, você sabe, leitor amigo, todos sabemos desde que Jesus o revelou, que é preciso fazer pelo próximo o bem que desejamos para nós. Desde que Kardec fez da caridade a bandeira do Espiritismo, sabemos que não basta evitar o mal. É nosso dever indeclinável e inadiável nos movimentarmos nas lides da solidariedade, onde estivermos, a começar pelo empenho em ajudar um alcoólatra, não com a esmola que alimenta seu vício,mas com a participação na obra social que o ajude a superá-lo.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

3º Encontro Joanna de Ângelis será dia 16 de julho

3º Encontro Joanna de Ângelis será dia 16 de julho
A terceira edição do Encontro Joanna de Ângelis acontecerá dia 16 de julho, na Federação Espírita Paraibana, realizadora do evento através do Departamento Mediúnico.  O médico Carlos Beto (Ame-CG), Ígor Mateus (Federação Espírita do Rio Grande do Norte), Iara Machado e Josy Honório (FEPb) serão os palestrantes As inscrições já estão abertas na livraria da FEPB. Contribuição de R$ 10,00 mais um quilo de alimento não perecível. Mais informações 9984.3960, 8856.8762, 3513.7548.
Tendo como tema central “Mediunidade e vida no olhar de Joanna de Ângelis”, o evento inicia às 8h, com o acolhimento seguida da primeira palestra sobre este tema, por Josy Honório. Após o intervalo, Ígor Mateus falará sobre “Mediunidade e a busca da auto-iluminação”. Às 11h um momento artístico cultural.
A partir das 14h, a programação prossegue com “Ansiedade e mediunidade: sua importância na conquista da saúde integral”, pelo médico Carlos Beto, da Ame-CG. Após o intervalo “Adolescência e mediunidade: um delicado olhar sobre a realidade multidimensional do ser”, por Iara Machado.
Quem é Joanna de Ângelis - guia espiritual do médium espírita brasileiro Divaldo Franco, é uma entidade à qual é atribuída a autoria da maior parte das suas obras psicografadas. A obra mediúnica de Joanna de Ângelis é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas, versando sobre temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais.
Dentre as suas obras destacam-se as da Série Psicológica, composta por mais de uma dezena de livros, nos quais a entidade estabalece uma ponte entre a Doutrina Espírita e as modernas correntes da Psicologia, em especial a transpessoal e junguiana.

Fátima Farias – Assessora de imprensa da FEPB
 
Confira detalhes no anexo:
Arquivo anexo da Notícia

quinta-feira, 30 de junho de 2011

NESTE FINAL DE SEMANA

Evento apontará soluções para conflitos interpessoais e familiares

 Tendo como tema central “Descubra o amor que é fonte de cura”, será realizado um workshop com o objetivo de buscar soluções para conflitos interpessoais, dificuldades nos relacionamentos entre pais e filhos, violência, separação, além de emaranhados em diversos níveis. O evento acontecerá neste final de semana, no  hotel Victory (orla de Tambaú) e será ministrado pelo terapeuta transpessoal cearense Guilherme Ashara.
        
Haverá uma palestra nesta sexta, às 19h30, com entrada franca. Os interessados em participar do workshop que girará em torno da constelação sistêmica familiar, acontecerá nestes sábado e domingo, deverá providenciar suas inscrições, com Paulo Lima, através dos fones 8864-1083/  9905-1727.

Muito mais que uma terapia, as constelações sistêmicas são uma transmissão de leis naturais ou 'Ordem do Amor' descobertas pelo alemão Bert Hellinger que podem mudar a sua vida e de sua família. Quem participa se surpreende e beneficia com essa nova ciência em prol da vida, da saúde e do sucesso do ser humano. A constelação sistêmica é uma metodologia terapêutica que se baseia em leis naturais das relações e da vida de uma forma ampla.

Tem como objetivo dissolver nós ou emaranhamentos que se apresentam em sistemas familiares ou organizacionais. Ela trabalha nos níveis pessoal, coletivo/ sistêmico e espiritual. Descobrir as constelações sistêmicas é conhecer uma nova visão do mundo, é estudar uma nova ciência dos relacionamentos e é ter nas mãos uma ferramenta preciosa de autoconhecimento.

O workshop será interessante para aqueles que buscam um aprofundamento profissional: terapeutas, psicólogos, médicos, assistentes sociais, pedagogos e todos que queiram conhecer ou mesmo fazer das constelações sistêmicas uma ferramenta inovadora de suporte terapêutico no seu trabalho.

É também imprescindível para os que almejam um desenvolvimento pessoal no que diz respeito à questões de relacionamentos amorosos, familiares, de trabalho e empresariais.

terça-feira, 21 de junho de 2011

As boas palavras


Clara Lila Gonzales de Araújo
    
    As palavras pronunciadas por Jesus, em  espírito e verdade, foram enunciadas para que os homens compreendessem que não as deveriam entender  segundo a letra, mas  segundo o espírito, pois elas revelam pensamentos sublimes de ordem espiritual ao ensinar as verdadeiras lições como fonte de vida imortal.
     O Mestre veio ao mundo para pregar a sua mensagem em todos os lugares e “misturou palavras e testemunhos vivos, desde a primeira manifestação de seu apostolado sublime até a cruz. Por pregação, portanto, o Mestre entendia igualmente os sacrifícios da vida”. 2 Para o espírita, a  ação de pregar é, acima de tudo, exemplificar a caridade na demonstração sincera dos ensinamentos doutrinários propalados, com atitudes nobres a exprimirem palavras de consolo às criaturas que rogam amparo em nome de Jesus.
     De acordo com os benfeitores espirituais, “nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra”. 3 A esse respeito, observa o Espírito Emmanuel que
    

O próprio Evangelho assevera que no princípio era o Verbo, e quem examine atentamente a posição atual do mundo reconhecerá que todas as situações difíceis se originam do poder verbalista mal aplicado. 3

     O mentor espiritual refere-se aos falsos discursos pronunciados com palavras que, colocadas estrategicamente na oratória, enganaram indivíduos, famílias e nações. Essas constatações nos remetem aos discursos, falados ou escritos, na transmissão da mensagem espírita, eivados de recursos retóricos nem sempre apregoados em favor da causa maior. Nossos comunicados refletem os sentimentos cristãos que preconizamos? Ou estamos saturados de ideias excêntricas, influenciados pelos labores intelectuais que abraçamos, em nome da Doutrina?
     Elucidados estudos do escritor espírita Juvanir Borges de Souza (1916-2010), sobre o presente tema, concluem:


[...] manifestação simbólica das ideias, extensão do Espírito, a palavra representa sempre o valor do pensamento. Assim, pode ela expressar, em sua alta função a serviço do bem, a moralidade e o bom gosto, em processo regular de educação do homem, como pode, ao revés, transformar-se em abuso, quando serve ao sofisma, ao puro verbalismo, à ofensa, à maldade e a todas as inferioridades humanas. 4

     Ao analisarmos as contribuições do citado autor, deparamo-nos com alguns problemas, dentre as inúmeras dificuldades encontradas para que as nossas concepções reflitam as inspirações do Alto, no momento da propagação da mensagem renovadora. São eles: a) a falta de compreensão lógica e aprofundada das obras da Codificação Espírita, com seus variados desdobramentos, ligados à Filosofia, à Ciência em geral, à moral evangélica e aos aspectos religiosos; b) a transformação de profundos e elevados pensamentos espíritas em opiniões divergentes da temática doutrinária, na busca de concessões à superficialidade e à vulgaridade, permitidas por certos obreiros, preocupados com o ato de convencer e persuadir aos que os ouvem ou leem, em exagerado servilismo às manifestações humanas; c) a preocupação de determinados tarefeiros de selecionar frases brilhantes e inúteis, sem utilizar fala acessível e compreensível para aqueles que os procuram, em auditórios, em recintos de aulas e cursos, ou por meio de atendimentos específicos, esquecendo-se da simplicidade que torna verdadeiramente nítida a linguagem elevada dos conceitos e ideias apresentados.
     Ao nos empenharmos na divulgação da Doutrina, conservando as características pessoais de cada estilo, nunca devemos esquecer do poder da palavra como forma representativa e eficaz de influirmos nos pensamentos e nas atitudes de terceiros, considerando essas iniciativas como elementos valiosos e utilíssimos à causa do Espiritismo, sem esquecermos, todavia, das recomendações dos benfeitores espirituais para que não nos deixemos levar por um intelectualismo excessivo e nocivo ao esforço que empreendemos pela exemplificação evangélica. Sábio aconselhamento é dado pelos Espíritos reveladores, em uma das abençoadas mensagens contidas em O Evangelho segundo o Espiritismo:


A inteligência é rica de méritos para o futuro,mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria,para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente,muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas faculdades [...]. 5

     Sabemos que, para compreender a Doutrina dos Espíritos, não é preciso que tenhamos “uma inteligência fora do comum [...]” . “[...] A clareza é da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência”. 6 É desnecessário, pois, divulgar a Doutrina com princípios estranhos aos seus pontos fundamentais, como se quiséssemos inovar buscando teorias e práticas de diferentes procedências. Kardec foi peremptório ao afirmar sobre a transparência do Espiritismo:


[...] Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso. [...] Hoje, para ninguém tem segredos. Fala uma linguagem clara, sem ambiguidades. Nada há nele de místico, nada de alegorias suscetíveis de falsas interpretações.Quer ser por todos compreendido, porque chegados são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade. [...] 7

     Atualmente, erros são cometidos pela carência de entendimentos mais lúcidos dos preceitos que norteiam a Doutrina Espírita, sobretudo, na elaboração de determinadas obras literárias, de duvidosa qualidade textual e de valor doutrinário incerto. Tais obras acabam atraindo adeptos-leitores inexperientes como vigoroso imã ao espalhar pensamentos esdrúxulos e fantasiosos, causando-lhes embaraços com o prejudicar sua correta compreensão das verdadeiras bases do Espiritismo. Os Espíritos superiores chamam atenção para as intenções do escritor:


[...] Se ele escrever boas coisas, aproveitai-as. Se proceder mal, é uma questão de consciência que lhe diz respeito, exclusivamente.Demais, se o escritor tem empenho em provar a sua sinceridade, apoie o que disser nos exemplos que dê. 8

     Lembranças de antigos trabalhadores espíritas avivam a nossa memória, ao rememorarmos o esforço desenvolvido, por cada um deles, na realização de tarefas exaustivas, disciplinadas e cuidadosas para difusão da Doutrina Consoladora. A saudosa médium Yvonne Pereira (1906-1984), ao comentar a herança deixada para nós, por esses seareiros do passado, declara:


Esses homens e essas mulheres, irmãos amados pelo nosso coração, deixaram aos espíritas que os sucederam o exemplo da dedicação, do trabalho e da fidelidade ao ideal superior que os engrandeceu perante si mesmos e a sociedade. Foram personagens fortes, que souberam resistir aos embates do mundo, não permitindo que as ervas daninhas das infiltrações perigosas e do personalismo invadissem o campo doutrinário. [...] 9

    Sigamos o exemplo deles, que interpretaram as palavras  espíritas em espírito e verdade, à luz do Evangelho, que é “um espelho cristalino em que o Mestre se reproduz, por divina reflexão, orientando a conduta humana para a construção do Reino de Deus entre as criaturas”. 10

Referências:


1 DIAS, Haroldo Dutra. (Tradutor). O novo testamento. Brasília: EDICEI, 2010.

2 XAVIER, Francisco C. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 38, p. 92.

3 ______. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 29. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 165.

4 SOUZA, Juvanir Borges. Tempo de renovação. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Cap. 12, p. 99.

5 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 25. ed. bolso. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 7, it. 13, p. 155.

6 ______. ______. Cap. 17, it. 4.

7 ______. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 91. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Conclusão, it. 6, p. 544.

8 ______. ______. Q. 904a.

9 COMPILAÇÃO EQUIPE FEB. À luz do consolador. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998. Cap. O livro que faltava, p. 123.

10 XAVIER, Francisco C.  Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 18. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 4, p. 23.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

FEPB realizará curso de Passes

FEPB realizará curso de Passes 

A Federação Espírita Paraibana realizará um curso de Passes, em duas partes. A primeira etapa acontecerá no período de 02 a 09 de julho, contendo informações sobre a parte teórica.
Segundo a organizadora do curso, Glória Rocha, a prioridade será direcionar aos pólos, através de participantes dos Centros Espíritas da Capital e área metropolitana. Os requisitos são estar cursando o Esde ou Estem, ter disponibilidade para o trabalho nas Casas Espíritas e não estar fazendo tratamento Espiritual.
As inscrições estão sendo feitas na Livraria da FEPB. Para inscrição basta informar o nome e telefone da pessoa que quer fazer o curso.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FEPB realizará curso para evangelizadores espíritas

 
A Federação Espírita Paraibana, através do Departamento de Infância e Juventude (Dij), promoverá um curso para evangelizadores espíritas. Dividido em quatro módulos, o primeiro será ministrado nos dias 4 e 5 de junho, na FEPB.
Mais detalhes: www.fepb.org.br

  Alamar Régis fará palestra na FEPB próximo domingo (22/05)

O diretor da revista Visão Espírita, Alamar Régis, ministrará a palestra do próximo domingo (22/05), às 16h, na FEPB, com tema livre. Antes, no sábado, ele fará seminário no Centro Espírita Leopoldo Cirne, às 15h.

III Encontro Joanna de Ângelis será dia 16 de julho

Programado para o dia 16 de julho o III Encontro Joanna de Ângelis. Palestrantes: Igor Mateus (FERN), Josy Honório e Iara Machado. Aguardem mais detalhes.

sábado, 16 de abril de 2011

FEPB disponibiliza leitura virtual de “O Livro dos Espíritos”


A obra que marcou o início do Espiritismo completará 154 anos nesta segunda

Existe uma enciclopédia que esclarece plenamente sobre os reflexos e como acontece a vida na Terra e no mundo espiritual, em apenas 687 páginas. Trata-se de “O Livro dos Espíritos” que nesta segunda-feira (18 de abril) completará 154 anos. A obra marcou também a fundação da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec. O teor do livro trata da imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec.
Para os interessados em fazer leitura virtual e downloads de “O Livro dos Espíritos” e demais obras da codificação, o portal da Federação Espírita Brasileira disponibiliza em pdf para os internautas. Para maiores informações, acesse o portal:  www.fepb.org.br   OU http://www.fepb.org.br/comunicacao-social/noticias/noticia.php?noticia=80

quinta-feira, 31 de março de 2011

NESTA SEXTA-FEIRA: Estréia nacional do filme “As mães de Chico Xavier”

O filme "As Mães de Chico Xavier", que emocionou o público que participou da avant première em João Pessoa, estréia nesta sexta-feira, (1º de abril) nos cinemas de todo o país, véspera dos 101 anos de nascimento de Chico Xavier e encerrando as comemorações do seu centenário. O longa é baseado em fatos reais e conta a história de três mães, vivendo momentos distintos de suas vidas e que vêem sua realidade se transformar repentinamente: É inspirado no livro “Por trás do véu de Ísis”, de Marcel Souto Maior.

Com produção da Estação Luz Filmes, distribuição da Paris Filmes e apoio promocional da Globo Filmes e Telecine, o filme traz em seu elenco nomes como Nelson Xavier, Caio Blat, Vanessa Gerbelli, Herson Capri, Via Negromonte e Tainá Muller, entre outros. Direção de Glauber Filho e Halder Gomes.

Ruth (Via Negromonte), cujo filho jovem enfrenta problemas com drogas; Elisa (Vanessa Gerbelli), que tenta superar com o marido a perda do filho, o pequeno Theo (Gabriel Pontes); e Lara (Tainá Muller), uma professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada. Suas histórias se cruzam quando elas recebem conforto e reencontram a esperança de vida através do contato mantido com Chico Xavier.

A Federação Espírita Paraibana iniciou a divulgação durante o Encontro Espírita (Enesp), no período do Carnaval, junto aos centros espíritas, através da distribuição de cartazes, bem como na mídia. Após o sucesso dos filmes "Chico Xavier" e "Nosso Lar", o filme "As Mães de Chico Xavier" fecha as comemorações cinematográficas do centenário de Chico Xavier.

 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Grupo Acorde lançará primeiro DVD dia 3 de abril, no Espaço Cultural


Grupo Acorde lançará primeiro DVD dia 3 de abril, no Espaço Cultural
O Grupo Acorde vai comemorar os seus 17 anos de existência com um show musical  e lançamento de seu primeiro DVD, dia 03 de abril, às 19h, no Teatro Paulo Pontes, Espaço Cultural. Os ingressos custarão:  R$ 10,00 (preço único), e já podem ser adquiridos na Livraria da Federação Espírita Paraibana e bilheteria do teatro, onde parte da renda será revertida para obras de promoção social.    Mais informações:  (83) 8824-9369/8804 – 9427.


Este é o primeiro DVD do grupo, que já lançou 7 (sete) CDs, intitulados: Laços de Família, Tempo de Regeneração, Quem Somos, Juntos no Amor de Cristo, Acorde Meditando (instrumental), O Tom da Paz e  Especialmente para Você (mensagens para reflexões).   O repertório do Grupo Acorde, que varia numa espécie de MPB Cristã à meditação, embalada por canções singelas, que tocam diretamente a alma de quem o escuta, já chegou a ser conhecido até na Europa. 

Numa sintonia perfeita de parceria e identificação, o grupo conta com as participações especiais do renomado cantor e compositor Nando Cordel, em algumas canções, além das cantoras Marinês (e Sua Gente) e Samantha Bonzer (americana).

Cantar a mensagem do Cristo, de forma libertadora, para as criaturas compreenderem o evangelho no real sentido. Foi com esta proposta musical, que surgiu a iniciativa de jovens da Federação Espírita Paraibana integrarem-se num ideal de compor um conjunto, em 1987, que mais tarde transformou-se no Grupo Acorde

A semente de tudo foi Laços de Família, em junho de 1994. Primeiro em fita k-7 e anos depois em CD. Em 1995 foi lançado o CD Tempo de Regeneração, cantando a mensagem de um novo tempo. Três anos depois foi a vez do CD Quem Somos. E eis a indagação básica para todos aqueles que buscam o conhecer a si mesmo. No ano de 1998 o Grupo Acorde lançou Juntos no Amor de Cristo. Em 2000 foi a vez do Acorde Meditando, este totalmente instrumentalizado. Já em 2006 foi a vez de O Tom da Paz e o último trabalho foi em 2008, com o CD Especialmente para Você. .

A composição atual do Grupo Acorde é de 11 integrantes: Maestro Betinho Muniz (teclado), Beto Melo (voz), Almir do Valle (sax tenor), Ednaldo Quipapá (trompete), Júnior Dias (voz/bateria), Luciana Rodrigues (voz), Marco Lima (voz/violão), José Ricardo Cavalcante (baixo) e conta, ainda, com as participações especiais de Jr. Max (teclado), Arnaud (flauta/sax alto) e Riquinho (percussão).

Para o show musical de lançamento do DVD, o grupo escolheu o seguinte repertório: A Prece, Acorde, Alma Gêmea, Laços de Família, Amor Imenso, Reflexões, À Procura do Rei, Cantiga de Paz, O Alvo é o Amor, Tributo a Chico Xavier, Anjos, Terra, Planeta Esperança, Conquista e Limiar.

O Grupo Acorde serviu, inclusive, de inspiração para que alguns centros espíritas criassem outros grupos musicais do gênero, além de grupos de teatro, que vêm somar-se ao universo de divulgação espírita, através da arte. E como previu o próprio Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, que a arte espírita atingiria o apogeu na aceitação da Humanidade, o que observamos é que a atração e busca do público por esta escalada suave e introspectiva já começa a aproximar-se do ponto culminante, rumo à concretização do objetivo neste milênio. Enfim, é a arte espírita que transcende e evolui da condição de casulo à borboleta! 

Texto: Fátima Farias - Assessoria de Imprensa da FEPB

Pré-estréia do filme “As mães de Chico Xavier” superlotou duas salas na Paraíba

Pré-estréia do filme “As mães de Chico Xavier” superlotou duas salas na Paraíba 
Com duas salas superlotadas no Cine Box, do Shopping Manaíra, em João Pessoa, um público seleto de convidados, formado por autoridades, jornalistas e lideranças espíritas, teve o privilégio de conferir, em primeira mão, o filme "As Mães de Chico Xavier", na manhã deste domingo (27/03). O clima foi de muita emoção. Foi considerável a quantidade de pessoas que saíram do cinema chorando, emocionados pelo teor do filme, que enaltece as histórias reais de três mães, que, aliviaram sua dor através da psicografia de Chico Xavier. 

O evento, que incluiu João Pessoa no roteiro de avant première das dezoito capitais, contou com as presenças especiais do diretor Halder Gomes, que divide a direção com Glauber Filho, e da atriz Chistiane Góis, que interpreta personagem Lica – a babá de Theo (Gabriel Pontes). 
 
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Os artistas, juntamente com o presidente da Federação Espírita Paraibana, José Raimundo de Lima, e o representante da Estação da Luz, Rodrigo Grangeiro, abriram a solenidade.

 A produção do filme fez uma promoção. Quem adquirir a cada dois ingressos, com antecedência, recebe grátis uma caneta, até a duração do estoque. Consulte os cinemas de sua cidade. Na próxima sexta-feira (1º de abril) o longa estreará nacionalmente, coincidindo com a véspera dos 101 anos de nascimento de Chico Xavier e encerrando as comemorações do centenário do médium. No decorrer de um ano, Chico movimentou o mercado cinematográfico com três filmes. Iniciou com sua história, dirigida por Daniel Filho, seguida por “Nosso Lar” (ambos com sucesso de bilheteria), e agora “As mães de Chico Xavier”, com expectativa semelhante de público, em face do enredo do filme.

Inspirado no livro “Por trás do véu de Ísis”, de Marcel Souto Maior, “As Mães de Chico Xavier” é baseado em fatos reais e conta a história de três mães, vivendo momentos distintos de suas vidas e encontram conforto através do médium Chico Xavier, após suas vidas passarem por grandes mudanças. O filme traz em seu elenco nomes como Nélson Xavier, Caio Blat, Vanessa Gerbelli, Herson Capri, Via Negromonte e Tainá Muller, entre outros. Direção de Glauber Filho e Halder Gomes. Produção da Estação Luz Filmes, distribuição da Paris Filmes e apoio promocional da Globo Filmes e Telecine.

Federação Espírita Paraibana (FEPB) vem sendo parceira na divulgação de todos estes filmes, sempre subsidiando a imprensa, além de promover a difusão junto à comunidade espírita paraibana. O público presente foi convidado para fazer a multiplicação da informação sobre o filme.

Flashes fotográficos
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 Público esperando a liberação da entrada.
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A produtora do filme distribuiu refrigerante e pipoca

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O deputado Janduí Carneiro (representando a Assembléia Legislativa) e o procurador geral do Ministério Público, Osvaldo Travassos Filho, elogiaram o filme ao presidente da Federação Espirita Paraibana, José Raimundo de Lima, ao lado da esposa Margarete Lima


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Equipes da TV Cabo Branco (Globo) e TV Tambaú (SBT), e a colunista social Messina entrevistando os artistas e garantindo a cobertura completa do evento


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Os artistas com a equipe do Cerimonial da Federação Espírita Paraibana

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Comitiva de Campina Grande, liderada por Ivanildo Fernandes

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Tudo começou com um momento de vibração dos artistas e comissão organizadora e executiva

Texto e fotos: Fátima Farias – Assessora de imprensa da FEPB

Preste atenção à promoção abaixo! 
Assista ao filme e divulgue com familiares e amigos!
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sexta-feira, 18 de março de 2011

Glauber Filho virá para pré-estréia do filme “As mães de Chico Xavier”, em João Pessoa


O filme "As Mães de Chico Xavier" estréia no dia 1º de abril nos cinemas de todo o país. Mas no dia 27 de março, às 10h, haverá uma pré-estréia, no Box Cinemas (Shopping Manaíra) para imprensa e convidados especiais, que contará com a participação especial de Glauber Filho, que divide a direção do filme com Halder Gomes.

Com produção da Estação Luz Filmes, distribuição da Paris Filmes e apoio promocional da Globo Filmes e Telecine, o filme traz em seu elenco nomes como Nelson Xavier, Caio Blat, Vanessa Gerbelli, Herson Capri, Via Negromonte e Tainá Muller, entre outros.

SINOPSE - “As Mães de Chico Xavier” é baseado em fatos reais e conta a história de três mães, vivendo momentos distintos de suas vidas e que vêem sua realidade se transformar repentinamente: É inspirado no livro “Por trás do véu de Ísis”, de Marcel Souto Maior.

Ruth (Via Negromonte), cujo filho jovem enfrenta problemas com drogas; Elisa (Vanessa Gerbelli), que tenta superar com o marido a perda do filho, o pequeno Theo (Gabriel Pontes); e Lara (Tainá Muller), uma professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada. Suas histórias se cruzam quando elas recebem conforto e reencontram a esperança de vida através do contato mantido com Chico Xavier.

A Federação Espírita Paraibana iniciou a divulgação durante o Encontro Espírita (Enesp), no período do Carnaval, junto aos centros espíritas, através da distribuição de cartazes, bem como na mídia. Após o sucesso dos filmes "Chico Xavier" e "Nosso Lar", o filme "As Mães de Chico Xavier" fecha as comemorações cinematográficas do centenário de Chico Xavier.

Reformador Online - Reveja a edição de junho de 2007

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Cursos sobre Espiritismo: inicial e avançado. Inscrições abertas na FEPB

Cursos sobre Espiritismo: inicial e avançado. Inscrições abertas na FEPB
Uma das formas de conhecer o Espiritismo é através do estudo. Chegou uma oportunidade! Estão abertas as inscrições para o Esde (Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita). Pessoas interessadas deverão dirigirem-se à Federação Espírita Paraibana, nos seguintes dias e horários: 25/03, das 19 às 21h30; 26/03, das 14 às 17h, 27/03, das 15 as 17h30. O início das aulas será dia 09 de abril, sempre aos sábados, das 15 às 16h30. Serão oferecidas 30 vagas.

A Federação Espírita Paraibana localiza-se à av. Bento da Gama – 555 (Torre), João Pessoa. A inscrição somente será aceita nas datas, horários e local especificados acima e deve ser realizada pelo próprio interessado. Não haverá inscrição antecipada ou em data diferente da estipulada. O aluno deverá preencher a ficha de inscrição e tomar ciência das normas de funcionamento do curso no ato da inscrição. A aula inaugural (09/04/2011) é obrigatória a todos os inscritos e o aluno que não comparecer a aula inaugural será substituído pelo aluno inscrito e que se encontra na lista de espera. 

EADE - ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Para as pessoas que já cursaram o Esde, também terão a oportunidade de avançar nos conhecimentos espíritas. Poderão fazer o EADE (Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita). Inscrições abertas: aos sábados, das 15h30 às 17h30 (na sala do EADE) e na quinta-feira, das 15 às 17h, na turma do ESE. O início das aulas é 9 de abril.


Quem já concluiu o EADE poderá inscrever-se no ESE (Estudos Sistematizados do Evangelho), na quinta-feira, das 15 as 17h. Mais informações: soutolucia@yahoo.com.br ou fone: 8835-2476. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Curso "Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita" inicia sexta

Quem desejar conhecer o Espiritismo chegou a oportunidade. Iniciará nesta sexta-feira (11/03) o curso  "Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita" na Federação Espírita Paraibana. O curso, dividido em quatro módulos, acontecerá sempre às sextas-feiras, das 19 às 21h30, no período 11, 18 e 25 de março e 1º de abril. Entrada Gratuita.

O programa constará dos seguintes conteúdos: Módulo I - O que é o Espiritismo; Módulo II - Princípios Básicos do Espiritismo; Módulo III - Porque e como conhecer o Espiritismo; Módulo IV - Casa Espírita e Movimento Espírita

Dia 25 de março iniciam-se as inscrições para o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (Esde). Aguardem detalhes.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Espírita não deve esquecer ensinamentos

O Movimento de Integração do Espírita Paraibano (Miep) chegou ao fim ontem e atraiu um grande público ao auditório da Associação Municipal de Espiritismo (AME), no bairro do Catolé, em Campina Grande. Dentro das discussões travadas no período da manhã, uma refletiu sobre a necessidade do espírita procurar ser o mesmo dentro e fora do templo.

“Tem gente que quando entra na casa espírita muda a voz e começa logo a falar manso, mas no dia a dia, nas relações familiares e de trabalho se esquece dos ensinamentos e se mostra insensível”, disse o escritor Luiz Cláudio Costa, presidente da Casa do Caminho Bezerra de Menezes, em Viçosa (MG).

Durante sua exposição, ele falou que o espírita deve aprender a olhar diferente para o próximo, pois é aprendendo a enxergá-lo que ele pode amadurecer. “O ser humano só amadurece sob o olhar do outro. É difícil muitas vezes ter que ‘aturar’ o outro, mas nos esquecemos que somos o outro do outro”, destacou.
Ele lembrou ainda que a “casa espírita” deve ser concebida como uma unidade de terapia intensiva (UTI).

Todos os que a buscam reconhecem que estão necessitando de ajuda, reconciliação com Deus e remédio para curar suas feridas. “Por isso temos que olhar para o nosso irmão não com o dedo que aponta os defeitos, mas com a vontade de ser prestativo e de se doar nesse trabalho de reencontro com Deus”, concluiu.

Luiz Cláudio também proferiu a palestra de encerramento do Miep, no final da tarde, e que teve como tema “Família: a felicidade de crescer com Jesus. Ao final, foi apresentado o tema do próximo encontro, que vai falar sobre reencarnação. Ivanildo Araújo, coordenador do encontro, considerou um sucesso a edição atual. Ele afirmou também que será montada uma estratégia para comemorar, em 2013, os 40 anos de reflexões espíritas.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Enesp Jovem e Enespinho terão programação especial no Encontro Espírita Paraibano – período Carnaval

       
            Os jovens e as crianças terão oportunidade de participar do Encontro Espírita Paraibano, com atividades especiais para suas faixas etárias.  Tanto o Enesp Jovem quanto o Enespinho contam com uma programação eclética, que abrange atividades artístico-culturais e recreativas. O Enesp Jovem inclui um bate-papo “Trocando idéias sobre mediunidade”, com Alberto Almeida. Além de um dia na Granja, os participantes visitarão o Miep, em Campina Grande, no domingo. Já para as crianças, as opções de entretenimento e cultural são bastantes variadas.
            Inscrições abertas. Confira programação e detalhes no portal http://www.fepb.org.br/


     Filme “Sempre ao seu lado” em cartaz no Cine Dij deste sábado

O filme “Sempre ao seu lado” (ver sinopse) é a atração deste sábado, às 17h, do Cine Dij, na Federação Espírita Paraibana. O evento, gratuito, foi criado pelos jovens da FEPB com objetivo de discutir filmes sobre a ótica espírita. É uma iniciativa em prol da organização do Enesp Jovem (inclui gastos como passagens de ida e volta para o Miep) e também para inscrição de jovens carentes que desejam muito participar do evento, mas que não tem condição financeira.
Não é cobrado ingresso. A quantia arrecadada para o ENesp Jovem (Encontro Espírita Paraibano) vêm de contribuições espontâneas (Livro de Ouro) e da compra de pipoca, sanduíche e refrigerante na cantina, durante o filme.
Sinopse:
"Hachiko era um cão abandonado, até ser adotado por um professor de música. Os  dois criam laços tão fortes que o cão o acompanha ao metrô quando ele
sai para trabalhar, e volta para buscá-lo, todos os dias. Mas um dia o  professor não retorna, será que essa profunda lealdade irá superar as
barreiras da desencarnação? Filme Baseado em história real."

Rossandro Klinjey fará palestra neste domingo
            O psicólogo Rossandro Klinjey fará a palestra pública, neste domingo, às 17h, na Federação Espírita Paraibana. Na mesma ocasião será lançado o DVD do grupo Semearte, de Campina Grande.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Reformador Online - Reveja a edição de janeiro de 2010

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Lei de Destruição

Christiano Torchi


Desde os tempos remotos, há bilhões de anos, quando os primeiros habitantes do orbe ainda eram animálculos unicelulares, abrigados no seio das águas tépidas dos mares, a saga evolutiva dos seres vivos sempre foi marcada pela constante luta pela sobrevivência, em que duelam dois instintos: o da conservação e o da destruição. Para sustentar a vida, as criaturas precisam de energia, que encontram nos alimentos. Nessa faina, impulsionadas pelo instinto, entredevoram-se mutuamente.

É quando se opera o ciclo de transferência de energia e de nutrientes, que segue numa espiral infinita. Em uma das pontas dessa cadeia estamos nós, que também nos alimentamos dos vegetais e das vísceras dos animais, “nossos irmãos inferiores”.1

Não bastasse isso, os hóspedes da casa planetária têm, ainda, que enfrentar os flagelos naturais que ameaçam a vida e outros valores, causando grande sofrimento. Essa constatação, impactante a princípio, já nos dá uma ideia da faixa evolutiva em que ainda nos situamos,apesar da idade estimada do Planeta em 4,6 bilhões de anos.2

Todavia, os mentores celestes, por meio do Espírito André Luiz, informam que o homem lida com a razão há apenas 40 mil anos, aproximadamente. Assim, cálculos elementares nos levam a concluir que estamos ainda nas primeiras lições da cartilha da vida. Não é sem razão que o comportamento social da criatura humana, blindado com o verniz da civilização, ainda apresenta os atavismos de competição e beligerância:

[...] com o mesmo furioso ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro, a golpes de sílex, o homem da atualidade, classificada de gloriosa era das grandes potências, extermina o próprio irmão a tiros de fuzil.3
Por isso, a convivência em sociedade, muitas vezes marcada pela opressão e pela violência de todos os tipos contra o semelhante, é interpretada por algumas pessoas com fundamento no célebre aforismo, cunhado pelo filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), de que “o homem é o lobo do homem”.

Que razões teria a Sabedoria Divina para estabelecer entre os seres vivos, como regra da natureza, a luta pela sobrevivência, a destruição recíproca e a destruição pelos flagelos naturais? Estariam esses princípios em consonância com a bondade e a justiça do Criador? O estudo das Leis Morais reveladas em O Livro dos Espíritos abre uma ampla visão filosófica e científica, baseada na unidade da criação, na imortalidade, na reencarnação e no progresso dos seres, que permite um entendimento melhor dos propósitos superiores da Inteligência Suprema, em que “as aquisições de cada indivíduo resultam da lei do esforço próprio no caminho ilimitado da Criação”4 (Grifo nosso):

[...] Só o conhecimento do princípio espiritual, considerado em sua verdadeira essência, e o da grande lei de unidade, que constitui a harmonia da criação, pode dar ao homem a chave desse mistério e mostrar-lhe a sabedoria providencial e a harmonia, exatamente onde apenas vê uma anomalia e uma contradição.5


O homem começa a perceber que também integra os ecossistemas, tanto que já propugna pela substituição do modelo de desenvolvimento atual, ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto, por outro sustentável, que tem por divisa progredir sem destruir.Mas será que é possível progredir sem destruir? Em caso afirmativo, onde estariam os limites éticos da destruição? Destruição, no sentido comum, significa extinção, aniquilamento. Sob o ponto de vista espírita, contudo, a Lei de Destruição é transformação, metamorfose, tendo por fim a renovação e a melhoria dos seres vivos.

A destruição tem dupla finalidade: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do envoltório exterior que sofre a destruição: [...] É esse equilíbrio dinâmico  baseado em sofisticadas engrenagens que regem a vida e a morte  que assegura a perenidade dos ecossistemas e dos seres vivos que neles existem.6

A parte essencial do ser pensante (elemento inteligente) é distinta do corpo físico e não se destrói com a desintegração deste. Logo, a verdadeira vida, seja do animal, seja do homem, não está no organismo físico. Está no princípio inteligente, que preexiste e sobrevive ao corpo material, que se consome nesse trabalho, ao contrário do Espírito, que sai daquele cada vez mais forte, mais lúcido e mais apto. Enfim, a vida e a morte, dentro do planejamento divino, se apresentam como faces da mesma moeda:

[...] a lei de destruição é, por assim dizer, o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de metamorfoses, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo que, paralelamente, os seres vão passando por estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, o reinado da razão.7

O instinto de destruição coexiste com o de conservação, a título de contrapeso, de equilíbrio, para que a primeira não se dê antes do tempo, visto que toda destruição antecipada constitui obstáculo ao desenvolvimento da inteligência, motivo pelo qual Deus fez que cada ser experimentasse a necessidade de viver e de se reproduzir.

Há dois tipos de destruição: a destruição natural e a destruição abusiva. A destruição natural opera-se com o objetivo de manter o equilíbrio dos ecossistemas, como, por exemplo, na morte natural dos corpos pela velhice, nos incêndios naturais das matas que dizimam pragas, na erupção de vulcões, nos terremotos, nas cheias dos rios, que regulam os ciclos de renovação da vida.

Os flagelos naturais que ceifam a vida de milhares de pessoas não constituem meros acidentes da Natureza, uma vez que o globo não está sob a direção de forças cegas. Ninguém sofre sem uma razão justa. Tais fenômenos representam fator de elevação moral, com vistas à felicidade dos indivíduos. Além de favorecerem o desenvolvimento da inteligência ante os desafios, auxiliam o desabrochar dos sentimentos, tais como paciência, resignação, solidariedade e amor ao próximo. Isto é, [...] as comoções do globo são instrumentos de provações coletivas, ríspidas e penosas. Nesses cataclismos, a multidão resgata igualmente os seus crimes de outrora e cada elemento integrante da mesma quita-se do pretérito na pauta dos débitos individuais.8

Já a destruição abusiva, que exprime faces diferentes da violência, é aquela provocada de forma predatória, com fins egoísticos, a pretexto de prover o sustento alimentar ou para satisfazer paixões e necessidades supérfluas, a exemplo do consumismo desenfreado, das caçadas de animais, das touradas. Sem embargo da destruição abusiva, o homem também ofende gravemente a lei divina quando assassina, quando pratica o suicídio e o aborto ilícito, quando provoca guerras etc. Os animais, por terem no instinto um guia seguro, somente destroem para satisfação de suas próprias necessidades, mas o homem, dotado de livre-arbítrio, nem sempre utiliza sua liberdade com sabedoria, sujeitando-se ao princípio de causa e efeito.

As leis divinas são perfeitas! A necessidade de destruição tende a desaparecer, à medida que o homem (Espírito encarnado), pela evolução intelectual e moral, sobrepuja a matéria. À proporção que adquire senso moral, vai desenvolvendo a sensibilidade e tomando aversão à violência. É quando passa a ver no seu semelhante não mais o “lobo”, mas o companheiro necessitado de amparo e de solidariedade. Entretanto, ainda que se despoje dos sentimentos belicosos, o homem, até que desenvolva plenamente o Espírito, sempre estará sujeito aos desafios da luta humana, cuja superação depende do trabalho, do esforço, da experiência e do conhecimento:

[...] Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes.9

Há, da parte das instituições, grande preocupação com o desequilíbrio ambiental, com o crescimento demográfico e as desigualdades sociais, com a miséria, a criminalidade, a corrupção. As medidas tópicas, de ordem econômica, tecnológica, muitas delas com a utilização da força bruta, não alcançam as verdadeiras causas do problema, que estão na ausência de educação moral do Espírito, educação essa que deve iniciar desde a infância como forma preventiva.

É possível colher os benefícios de uma vida sóbria, sem necessidade de agir com violência ou de destruir o próximo: “A vida é muito menos uma luta competitiva pela sobrevivência do que um triunfo da cooperação e da criatividade”.10 Que o homem não se iluda: sem dominar a si mesmo, ele jamais dominará a Natureza.

Referências:
1 XAVIER, Francisco C. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 17, it. Os animais – nossos parentes próximos, p. 122.
2 Disponível em: <http://www.igc.usp.br/index.php?id=304>.Acesso em 28/11/ 2010.
3 XAVIER, Francisco C. Libertação. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 1, p. 18.
4 Idem. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp.Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 86.
5 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 52. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 3, it. 20.
6 TRIGUEIRO, André. Espiritismo e ecologia. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Lei de destruição.
7 CALLIGARIS, Rodolfo. As leis morais. 15. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. A lei da destruição. Apud ROCHA, Cecília (Organizadora). Estudo sistematizado da doutrina espírita. Programa fundamental. Tomo 2. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Módulo 13, rot. 1, p. 99.
8 XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 88.